Whey protein é ultraprocessado? Saiba se você realmente precisa tomar

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Extremamente popular entre os praticantes de exercícios físicos, o whey protein serve como uma fonte extra de proteína na alimentação, dando uma forcinha no ganho de massa muscular.

A forma de produção do whey protein – que envolve o processamento do leite até chegar ao soro e o acréscimo de corantes e aditivos – o coloca na categoria dos alimentos ultraprocessado. Mas isso não faz dele um vilão, garantem nutricionistas ouvidos pelo Metrópoles.

O suplemento não pode ser comparado a outros alimentos ultraprocessados como refrigerantes, biscoitos, doces e salsicha, uma vez que oferece benefícios à saúde.

“Não podemos colocar o whey protein no mesmo conjunto de alimentos da maioria dos ultraprocessados, que não têm nada de positivo. Apesar de ser considerado um ultraprocessado, o whey é muito diferente”, esclarece a nutricionista Gabriella Ferrari, mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB).

Suplemento alimentar

O nutricionista Bernardo Romão de Lima, que dá aulas na Universidade de Brasília (UnB), esclarece que, embora tenha essas características, o whey protein não é classificado como ultraprocessado na legislação do Brasil.

Ele é vendido como um reforço para onde a alimentação não consegue chegar naturalmente, podendo ser prescrito por médicos e nutricionistas. “O whey é um alimento, mas aos olhos da legislação, é um suplemento alimentar. Então, o termo ‘ultraprocessado’ não pode ser aplicado”, esclarece o professor.

Benefícios do whey protein

Um dos benefícios do suplemento é concentrar uma quantidade alta de proteína de altíssima qualidade e fácil digestão em uma porção muito pequena em comparação aos alimentos tradicionais, que também trazem outros macronutrientes, gordura e carboidratos.

Todo mundo precisa tomar whey?

Embora o whey protein seja um dos suplementos mais usados por quem está no processo de hipertrofia, é possível ganhar massa muscular sem ele. Para a maioria das pessoas, as proteínas necessárias são facilmente encontradas na alimentação. Uma dose de whey protein tem, em média, a mesma quantidade de proteína que um filé de frango de 100 gramas.

“O corpo precisa de proteínas e ele vai reconhecer elas independente da fonte, se é do whey, do feijão ou da carne. Estando na quantidade adequada para o seu metabolismo, você vai ter construção muscular. Lembrando, é claro, que o corpo precisa de estímulo: a academia também é obrigatória para que você construa músculo”, afirma Lima.

Jovem asiático bebendo shake em garrafinha. Ao fundo, um ambiente de academia - Metrópoles
Os shakes proteicos chegam a ofertar até 30 gramas de proteína por dosador

Benefícios além da estética

O whey é um suplemento indicado inclusive para a prevenção de sarcopenia em idosos. Geralmente, eles não conseguem consumir uma grande quantidade de proteína para manter a saúde muscular e, nessas situações, o suplemento entra como um complemento muito bem-vindo.

“Os idosos comem pouco e, muitas vezes, não conseguem ingerir 100 gramas de frango. Com o suplemento, conseguimos garantir que essa pessoa terá a quantidade de proteína necessária”, afirma Gabriella.

O mesmo vale para pessoas acamadas ou que estão doentes e não conseguem consumir uma grande quantidade de alimentos. “É preciso garantir o aporte proteico dessas pessoas. Tanto para a questão imunológica, quanto para evitar sarcopenia e a perda de massa muscular”, complementa a nutricionista.

Quem não pode tomar whey?

Antes de comprar um pote do suplemento, é importante avaliar espectos como alergia à proteína do leite ou intolerância à lactose. Nesses casos, pode ser indicado o uso do suplemento vegetal, que é derivado da soja, ervilha, arroz ou castanha, por exemplo.

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