uso social da cetamina preocupa

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Em 2020, a Anvisa autorizou o cloridrato de escetamina, substância derivada da cetamina, para esse uso no Brasil. A droga é vendida em forma de spray e só deve ser aplicada em ambiente hospitalar ou em clínicas autorizadas, em geral em uma ou duas sessões por semana, durante um tempo limitado de poucas semanas, com doses muito mais baixas que as usadas em procedimentos anestésicos.

A depressão refratária, conhecida também como resistente ou depressão maior, é um tipo de transtorno pouco falado ou conhecido, mas que traz bastante sofrimento aos pacientes.

De forma geral, pode ser definida como a depressão que não melhora, mesmo após o uso de alguns medicamentos convencionais prescritos pelos médicos.

“Em ambiente controlado, hospitalar, preferencialmente com suporte para intercorrências, o uso para tratar depressão refratária é relativamente seguro, ainda que os estudos a respeito sejam de curto e médio prazo”, afirma Gallucci.

Ainda são necessários estudos de longo prazo porque a droga começou a ser usada pela psiquiatria há alguns anos, apenas. O receio de alguns especialistas é que, com o tempo de uso, a cetamina possa ser menos eficaz, e o paciente precise de doses mais elevadas da droga, o que tornaria o uso pouco seguro.

“A cetamina não é a primeira opção para tratar depressão. Ela vem sendo utilizada, com bons resultados, para tratar apenas casos de depressão refratária que não respondem ao tratamento de dois ou mais antidepressivos e que apresentem risco iminente de suicídio”, explica o psiquiatra.