TSE tende a absolver Moro e permitir que senador continue no cargo

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O senador nega que o investimento pré-eleitoral quando ele se apresentava como pré-candidato à Presidência tenha resultado em favorecimento na eleição para o Legislativo.

Nos bastidores, ministros do TSE ponderam que a legislação eleitoral não prevê a existência de pré-campanha. Portanto, as regras para o período não seriam claras o suficiente para ensejar a cassação do mandato do senador.

Também em caráter reservado, integrantes do tribunal afirmam que cassar o mandato de Moro agora seria uma forma de alimentar um sentimento de vingança e revanchismo que não é bem-vindo no momento, quando o Judiciário e o Legislativo tentam selar um ambiente de paz institucional.

Em nome da pacificação entre os Poderes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) conversou com o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, sobre o julgamento. A tentativa foi de tentar convencer o ministro de que cassar o mandato de Moro agora só acirraria mais os ânimos entre o Congresso Nacional e a cúpula do Judiciário.

A expectativa no TSE é que ao menos quatro ministros votem a favor de Moro: Cármen Lúcia, Raul Araujo, Isabel Galotti e Nunes Marques. Há dúvida sobre como os demais ministros vão se posicionar. Além de Moraes, participarão do julgamento André Ramos Tavares e o relator do processo, Floriano de Azevedo Marques Neto.

A primeira sessão do julgamento será dedicada à leitura do relatório de Floriano Marques e à sustentação oral dos advogados de Moro, da acusação e do Ministério Público Eleitoral, que já emitiu parecer contrário à cassação do senador. Segundo o órgão, não há prova de que Moro cometeu crime eleitoral.