Trump publica vídeo que mostra imagem de Biden amarrado em porta-malas de caminhote

Distrito Federal

O ex-presidente Donald Trump postou nesta sexta-feira (29) um vídeo que mostrava uma imagem do presidente americano Joe Biden amarrado no porta-malas de uma caminhonete.

Trump disse que o vídeo foi filmado em Long Island na quinta-feira, enquando o republicano participava do velório do policial Jonathan Diller, que foi morto durante uma abordagem de trânsito nesta semana.

O vídeo mostra dois caminhões com bandeiras dos Estados Unidos e placa expressando apoio a Trump; a imagem de Biden estava na parte de trás do segundo caminhão.

O porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, disse em um comunicado: “Essa foto estava na traseira de uma caminhonete que andava pela rodovia. Democratas e lunáticos enlouquecidos não apenas clamaram por uma violência desprezível contra o presidente Trump e sua família, mas também estão armando o sistema de justiça contra ele.”

Já o porta-voz da campanha de Biden, Michael Tyler, disse à CNN em um comunicado “Esta imagem de Donald Trump é o tipo de porcaria que você posta quando você está pedindo um ‘banho de sangue’ ou quando você diz aos ‘proud boys’ para ‘ficar em stand by’. Trump está regularmente incitando a violência política e é hora de as pessoas o levarem a sério – basta perguntar aos policiais do Capitólio que foram atacados protegendo nossa democracia em 6 de janeiro.”

O vídeo marca outro exemplo de Trump usando imagens violentas em suas mensagens de campanha, já que sua propensão à retórica inflamatória parece estar impulsionando sua candidatura à Casa Branca.

Trump alertou no início deste mês que, se ele perdesse a eleição de 2024, seria um “banho de sangue” para a indústria automobilística dos EUA e para o país.

A observação veio quando Trump prometeu uma “tarifa de 100% ” sobre carros feitos fora dos EUA, argumentando que a fabricação de automóveis domésticos seria protegida somente se ele fosse eleito.

O ex-presidente disse em dezembro que os imigrantes estão “envenenando o sangue” dos EUA e citou o presidente russo Vladimir Putin para atacar Biden como uma “ameaça à democracia.”

Seus comentários se alinham com um padrão de expressar carinho por líderes estrangeiros que usam medidas antidemocráticas para se manter no poder.

Em outro exemplo, Trump usou a palavra “vermes” para descrever seus rivais políticos em um evento de campanha em New Hampshire em novembro, atraindo ampla condenação, inclusive de Biden, que comparou seus comentários à “linguagem que você ouviu na Alemanha nazista.”

Trump disse à multidão: “Vamos erradicar os comunistas, marxistas, fascistas e os bandidos de esquerda radicais que vivem como vermes dentro dos limites do nosso país”, e advertiu que “a ameaça real não é da direita radical. A verdadeira ameaça vem da esquerda radical, e está crescendo a cada dia.”