Três jogos do Campeonato Inglês prometem grandes emoções no domingo – 15/05/2024 – Juca Kfouri

Esportes

No próximo domingo (19), o Planeta Bola viverá um dia que promete emoções que dificilmente se repetirão tão cedo.

Uma delas será de fazer as pedras chorarem: Jürgen Klopp, desde 2015 à frente do Liverpool, se despedirá do clube pelo qual colecionou oito taças.

A maior delas, do ponto de vista inglês, é a orelhuda da Champions, em 2019.

Ganhou também o Mundial de Clubes da Fifa, ainda em 2019, ao decidir com o Flamengo, a Premier League, em 2020, a Supercopa da Europa, a Copa da Inglaterra, a Supercopa da Inglaterra e a Copa da Liga Inglesa, duas vezes, uma em 2022 e outra nesta temporada, o único título no ano do adeus.

No domingo, em Anfield, os Reds receberão o Wolves como coadjuvantes da despedida de Klopp. Todos serão coadjuvantes. Klopp inclusive.

Porque os protagonistas estarão nas arquibancadas agradecidas pela passagem do alemão que virou um quinto Beatle na cidade.

Só de imaginar “You’ll Never Walk Alone”, entoado por mais de 60 mil vozes gratas ao técnico, o arrepio vai e volta pelo corpo inteiro.

Como curtir momento tão especial se, ao mesmo tempo, dois jogos, um em Manchester e outro em Londres, decidem a Premier League?

Era o caso de a partida em Liverpool ser antecipada, já que o resultado nada mudará para os times. Mas vá convencer os ingleses a saírem do rigor de seus protocolos na última rodada do campeonato. Seria como propor mudar o chá das cinco para as três.

Então você escolhe. Ou vê e chora com os vermelhos ou opta pelas partidas decisivas.

O campeão mais provável, dois pontos à frente do vice-líder, é o Manchester City, que receberá o West Ham, em nono lugar.

A vitória significará o tetracampeonato seguido, algo que clube algum conseguiu nas 135 edições anteriores do torneio, mais uma façanha para Pep Guardiola, que já dera aos Citizens os títulos inéditos da Champions League e do Mundial de Clubes na temporada passada.

Um empate, porém, e na Premier League tudo é possível, até mesmo a vitória do West Ham, combinado com o probabilíssimo triunfo do Arsenal sobre o Everton, em 15º lugar, significará o título para os Gunners, na fila há duas décadas.

Ficarão ambos com os mesmos 89 pontos e o Arsenal ganhará o campeonato pelo saldo de gols, hoje de 61 contra 60.

Em nome da transparência é preciso esclarecer que a hipótese é cogitada aqui por dois motivos: 1. É a pura verdade; 2. Dá esperanças ao vizinho Sandro Macedo e ao irmão José Trajano, coitados.

De tudo, noves fora a homenagem a Klopp, que é de outro departamento, só não pode acontecer de o City não vencer e o Arsenal também não.

Porque, aí, será o caso de o clube londrino enterrar toda a munição e partir para outro esporte.

Supersubstancial!

O jornalista Antonio Carlos Salles pescou o termo no jornal londrino The Times: supersubstancial, em referência ao desempenho do goleiro alemão Ortega, o que substituiu o brasileiro Ederson na decisiva vitória do Manchester City sobre o Tottenham por 2 a 0, na terça (14), que valeu a liderança.

Corintiano, Salles cravou: Supersubstancial é o titulo que falta à história de Cássio no Corinthians.

De fato. Cássio está para o Corinthians como alguém maior que Klopp para o Liverpool: em 12 anos, quatro títulos paulistas, dois Brasileiros, uma Recopa sul-americana, uma Libertadores e um Mundial, nove no total. Supersubstancial!


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