Sob pretexto de defender vida, PL pode causar morte de mulheres

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No Dia dos Namorados, aprovou em menos de um minuto a tramitação do projeto em regime de urgência. Isso permite que o PL siga para votação no plenário da Câmara com mais rapidez, sem passar antes por comissões específicas.

O atual presidente da Casa pautou o assunto sem aviso, e considerou a urgência aprovada sem o registro do voto de cada deputado no painel. Lira não se importou nem com a temperatura da opinião pública: na noite de quarta-feira (12), enquete no site da Câmara era majoritariamente contra a proposta. Só 35% votaram a favor, e 65%, contra.

Ou seja: a urgência é de homens como Lira e Sóstenes. Um “teste” para o presidente, como disse o deputado à Globonews. A manobra é política.

No ringue masculino, deputados como eles jogam contra as mulheres — de vítimas, tentam transformá-las em criminosas, desviando o foco das pautas emergenciais e deixando de nos oferecer um projeto que diminua o nosso risco de morte e violência sexual no quinto país com maior índice de feminicídios no mundo, em que duas mulheres são estupradas por minuto.

Com a vida de quem esses deputados se importam?