Só a alucinação explica ataques contra Tite por trabalho no Flamengo

Esportes

É verdade que o futebol não é brilhante. Mas qual o time que está jogando bola de forma vistosa no ano? Não é o Palmeiras, nem o Atlético-MG, nem o Inter, para citar os elencos mais polpudos juntamente com o rubro-negro. Há lampejos e escorregões aqui e ali de todos.

Neste cenário, Tite montou um time sólido defensivamente, que cria jogadas de ataque, obtém resultados e está em evolução. Foi mal na primeira parte da fase de grupo da Libertadores, fato, mas nada desesperador. Perder em La Paz, por exemplo, é quase padrão para times brasileiros.

A implicância com o treinador tem duas explicações possíveis:

1) sempre houve má vontade com Tite de uma ala da torcida rubro-negra porque seus métodos, menos sanguíneos e mais pragmáticos, não casam muito com a natureza do clube. Lembremos que ele chegou a ser vaiado ao ter o nome anunciado em um jogo de Estadual sem grandes motivos.

2) Há uma fatia da torcida do Flamengo que vive em Nárnia desde 2019. Nárnia é um mundo encantado separado da realidade, criado pelo escritor irlandês Clive Lewis em um romance. Na Nárnia rubro-negra, o time não pode nunca mais perder e tem que golear todos os adversários porque um dia viveram os seis meses mais felizes de sua vida. Fora isso, é fracasso.

E essa ala é alimentada por oportunistas influencers que vivem de clicks em volta de supostas crises no clube. É gente que vai para uma coletiva e pergunta para Tite sobre essa “novidade da ciência”. Cláudio Coutinho, possivelmente o maior técnico do Flamengo, foi pioneiro no uso de dados científicos ao preparar times. Montou o esquadrão rubro-negro da década de 80. A Fla-Alucinado desconhece.