Saiba quem é Rogério Marinho, senador que pediu licença do cargo

Distrito Federal

O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, formalizou na quarta-feira (19) o pedido de afastamento do cargo.

A licença será de 120 dias para se dedicar às articulações das eleições municipais deste ano. A previsão de retorno às atividades é no final de outubro.

No lugar dele, ficará o primeiro suplente, o empresário Flávio Azevedo (PL-RN), que assume pela primeira vez o mandato de senador. 

Com o afastamento de Marinho, a bancada da oposição na Casa também passa a ter novo líder, o senador Marcos Rogério (PL-GO).

Biografia

Rogério Simonetti Marinho nasceu em Natal (RN) e tem 60 anos. Ele é político e empresário. Formou-se em Ciências Econômicas pela Faculdade Unificada para o Ensino das Ciências (UNIPEC), atual Universidade Potiguar (UnP). Nos anos 1980, trabalhou como professor da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte.

Eleito pela primeira vez em 2000, foi vereador em Natal em duas ocasiões, entre 2001 e 2007.

Assumiu como Secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, no governo de Rosalba Ciarlini, em 2012.

Também foi deputado federal pelo estado, em três momentos distintos.

Em dezembro de 2018, foi anunciado pelo ministro da Economia Paulo Guedes como secretário especial da Previdência Social e Trabalho, na gestão de Jair Bolsonaro, quando trabalhou pela articulação da Reforma da Previdência, aprovada em 2019 e que vem sendo questionada no Supremo Tribunal Federal (STF), além da Carteira Verde e Amarela, que teve projeto resgatado pela Câmara no ano passado.

Em 2020, assumiu como ministro do Desenvolvimento Regional.

Desde 2023, é senador pelo Rio Grande do Norte. Já foi filiado a outros dois partidos (PSB e PSDB). Atualmente, está no PL.

Disputou a presidência do Senado com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-RO), mas perdeu. Assumiu a liderança da oposição na casa no início do terceiro governo Lula.

Oposição ao governo

Ao CNN Entrevistas, no último dia 15, Marinho criticou os gastos do governo Lula. O senador cobrou cortes no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como forma de garantir recursos para a desoneração de impostos de setores da economia.

Na ocasião, afirmou ainda que o governo Lula tem uma agenda velha e ultrapassada.

O senador agora licenciado defendeu também a investigação de um suposto “gabinete da ousadia”, que seria usado para divulgar notícias falsas e atacar adversários políticos da atual gestão petista.