população do RS convive com sujeira após enchentes

Saúde e Bem-estar

Embora parte das ruas tenha sido desobstruída com a retomada das operações das casas de bombas, a maioria das unidades teve que ser desligada devido à inundação ou ao risco de choque elétrico

Porto Alegre começou a enfrentar as consequências devastadoras da cheia do Guaíba, a pior registrada desde 1941, resultando na destruição de casas e comércios. Bairros como Menino Deus, Cidade Baixa e o Centro Histórico estão lidando com animais mortos e esgoto exposto, além do forte mau cheiro que permeia as ruas.




No momento, apenas nove das 23 casas de bombas estão em funcionamento

No momento, apenas nove das 23 casas de bombas estão em funcionamento

Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil

Embora parte das vias tenha sido desobstruída com a retomada das operações das casas de bombas, a maioria das unidades teve que ser desligada devido à inundação ou ao risco de choque elétrico. No momento, apenas nove das 23 casas de bombas estão em funcionamento, conforme relatório do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae).

Moradores começaram a relatar problemas com o esgoto

Moradores como Katia Toledo, residente no Menino Deus, enfrentam alagamentos recorrentes nos últimos dois anos, algo antes inédito. No bairro Cidade Baixa, a água invadiu ruas e causou danos em imóveis após o desligamento de uma casa de bombas.

A assistente de câmbio Katia, informou o g1 sobre a situação difícil, “a gente teve que lavar todo o corredor do prédio com água sanitária, com detergente, com água. Porque ficou mesmo água podre, tinha até minhoca. Tinha uns vermes, uns bichos muito ruins, muito feios, no meio do prédio, e apareceu muito rato. A gente está vendo rato dentro dos apartamentos térreos, que foram inundados”.

Já no Centro Histórico, a situação é semelhante, com preocupações com a contaminação da água afetando rotinas domésticas, como relata a auxiliar administrativa Nathália Sachett de Lima. “São peixes mortos que estão aparecendo, outros animais, rato, e o cheiro dessa água. Isso é algo que jamais pensei que veria e que sentiria tão perto da minha casa. Jamais pensei que eu, morando em Porto Alegre, fosse ser uma refugiada climática”, afirma auxiliar administrativa.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini