Coluna do Pablo Kossa
É polêmica sobre traição conjugal, sobre bar no Bueno, sobre a eleição no Reino Unido, sobre o corte do podcast bobão…
O jovem tuiteiro está com tempo de sobra. Só pode ser isso. Pois vai engajar assim em assunto merda lá longe. Tá faltando um banheiro sujo, uma pia cheia de louça, um boleto da imobiliária cobrando o aluguel ou coisa que valha pra essa rapaziada.
E dá-lhe print de conversa privada que detona a reputação de alguém. E olha lá outra mobilização contra o barzinho que deveria ser no Setor Central e não no Bueno. E veja esse corte de um podcast paspalho onde paspalhos falam paspalhices. Claro, tudo entremeado de pornografia – entre no perfil e veja o fixado.
Eu me lembro e gargalho de pensar que no final dos 1990 achávamos que a internet seria ótima para democratizar conhecimento e informação. Tempos imberbes.
A rede social do Elon Musk é só um recorte do caos completo que tomou conta também das demais. Com pegadas distintas, mas no fundo a mesma coisa. Discurso histriônico, falso moralismo, tochas nas mãos dos torquemadas para o próximo cancelamento.
Tá difícil acompanhar o tanto de treta. Todo dia que eu entro no Twitter (X não dá, né…), tenho que clicar numa trend qualquer pra entender o que está pegando. Não raro preciso jogar nomes no Google pra saber de quem se trata.
Idoso em ambientes pueris sofre.
Sei que é da essência humana a maldade. O veneno escorre do canto dos lábios de todo bípede desde que descemos das árvores. Mas antes a fofoca era da vida do vizinho, a treta se dava com o idiota que morava duas ruas acima. Agora é tudo global. Está elevado à sei lá qual potência.
Pior que nem sei se tem volta. Estamos todos meio que viciados nessa dinâmica da polêmica do dia. Já ansiosos pela próxima. Esfregando as mãos e salivando de ansiedade.
Mudando de assunto, você viu o que aquele empresário tapado e que deve uma fábula em impostos falou sobre contratar esquerdistas?
@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Pexels
