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Confira as principais notícias do espaço entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro de 2024 e fique por dentro de tudo o que mais importa no universo da astronomia

Chegou a hora de conferirmos as principais notícias astronômicas da semana, que dessa vez incluem auroras boreais raras, terremotos na Lua, novas evidências de um antigo lago em Marte, e muito mais.



Foto: stein egil liland/Pexels/NASA/Goddard/ASU / Canaltech

Veja abaixo as novidades mais importantes da semana.

Aurora boreal de formato raro 

Uma aurora boreal rara foi registrada no céu de Kerid, sul da Islândia, pelo astrofotógrafo Jeff Dai. Diferentemente do formato tradicional, o fenômeno surgiu em ondas sequenciais esverdeadas, semelhantes a cordas.

Auroras ocorrem devido a perturbações no campo magnético terrestre e, nesse caso, isso aconteceu em grandes ondas incomuns de frequências ultrabaixas. 

Foto do lander japonês SLIM na Lua

A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da NASA encontrou e fotografou o lander japonês SLIM na Lua, cinco dias após seu pouso em 24 de janeiro. Na imagem abaixo, a espaçonave aparece como um ponto brilhante. Ao observar a sequência de duas imagens, percebemos o material ejetado durante o pouso alterando a coloração ao redor.

Pousado em uma região a 80 km de altitude, o SLIM enfrentou uma falha no motor durante a descida, o que resultou em um pouso invertido. Apesar disso, o contato com o lander foi retomado, segundo a agência espacial japonesa JAXA. 

O asteroide que passou perto da Terra 

É um fenômeno comum: um asteroide potencialmente perigoso passou a uma distância relativamente curta de nosso planeta, sem representar nenhuma ameaça. A rocha tem diâmetro de 271 m e causaria algum estrago na Terra, mas se manteve a 2,8 milhões de quilômetros, o equivalente a 7,4 vezes a distância média da Terra à Lua.

O projeto Virtual Telescope capturou a imagem acima quando o objeto estava a uma distância de 4 milhões de quilômetros de nós. Este asteroide foi detectado pela primeira vez em 2008 e catalogado como 2008 OS7. 

Os terremotos na Lua

A Lua está encolhendo, especialmente em seu polo sul, e o resultado disso é a instabilidade nas encostas que sofrem terremotos. Desde 2019, os cientistas já detectaram deformações na superfície que formam falhas onde partes da crosta colidiram entre si. Esse cenário traz preocupações relacionadas aos planos de estabelecer a presença humana permanente por lá.




Indicação de áreas com encostas instáveis no polo sul lunar (Imagem: Reprodução/NASA/LROC/ASU/Smithsonian Institution)

Indicação de áreas com encostas instáveis no polo sul lunar (Imagem: Reprodução/NASA/LROC/ASU/Smithsonian Institution)

Foto: Canaltech

Usando simulações, os pesquisadores encontraram algumas das áreas mais vulneráveis a deslizamentos por terremotos. Por outro lado, algumas áreas da região ainda são seguras para pousos dos astronautas.

Galáxias espirais vistas pelo James Webb

O telescópio James Webb registrou novas imagens de quase 20 galáxias espirais no infravermelho próximo e médio, com uma resolução inédita. As fotos foram produzidas com os instrumentos NIRCam e MIRI, revelando respectivamente milhões de estrelas em tons azulados e a poeira interestelar.



Mosaico com as 19 galáxias espirais observadas pelo Webb (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI, Janice Lee (STScI), Thomas Williams (Oxford), PHANGS Team)

Mosaico com as 19 galáxias espirais observadas pelo Webb (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI, Janice Lee (STScI), Thomas Williams (Oxford), PHANGS Team)

Foto: Canaltech

Todas as galáxias fotografadas nessa campanha parecem compartilhar uma mesma característica: se desenvolveram de dentro para fora, ou seja, começando suas formações estelares no interior de suas estruturas.

As novas evidências de antigo lago em Marte

A cada nova evidência de antigos leitos e deltas revelados nas camadas sedimentares da superfície de Marte, as esperanças de encontrar sinais de vida microbiótica aumentam. Dessa vez, os cientistas usaram o instrumento RIMFAX do Perseverance para estudar as estruturas no subsolo marciano, e encontraram sedimentos acumulados durante dois períodos geológicos distintos.



“Fatia” de uma das regiões de Jezero, revelando as camadas do delta e o “chão” da cratera (Imagem: Reprodução/Svein-Erik Hamran/Tor Berger/David Paige/UCLA/NASA)

Foto: Canaltech

O RIMFAX usou ondas de radar em intervalos de 10 centímetros, permitindo a medição de pulsos refletidos a partir de 20 metros abaixo da superfície. O resultado é uma espécie de “raio-X” do interior da crosta, revelando a base dos sedimentos. Os dois períodos que separam as camadas correspondem a eras geológicas separadas por milhões de anos ou mais.

O mapa com mais de 700 mil buracos negros

O telescópio eROSITA forneceu o maior mapa de objetos altamente energéticos, incluindo buracos negros ativos emissores de raios-X. São mais de 900 mil objetos detectados entre 2019 e 2020, incluindo 710 mil buracos negros supermassivos no centro de galáxias.

Além dos buracos negros, o mapa também conta com 180 mil emissões de raios X de estrelas em nossa própria galáxia, 12 mil aglomerados galácticos e alguns objetos exóticos de luz altamente energética. Um deles é o Pulsar da Vela, que gira 11 vezes por segundo.

A idade do universo em debate

Ao estudar a velocidade de grupos galácticos relativamente próximos da nossa Via Láctea, os autores de um novo estudo encontraram sinais de que o universo pode ser mais jovem do que os cálculos atuais. Para isso, eles examinaram as galáxias mais massivas de cada grupo e contabilizaram quantos pares de galáxias-satélite em lados opostos se moviam.



Os aglomerados de galáxias, que em grande escala dão origem a estruturas parecidas com teias (DESI Legacy Imaging Survey/KPNO/NOIRLab/Zamani, Martin)

Os aglomerados de galáxias, que em grande escala dão origem a estruturas parecidas com teias (DESI Legacy Imaging Survey/KPNO/NOIRLab/Zamani, Martin)

Foto: Canaltech

A previsão dos modelos cosmológicos é que a maioria das galáxias satélites se moveriam ao redor das galáxias principais no mesmo sentido, mas as observações encontraram uma quantidade inesperada de galáxias no sentido oposto.

Se o universo tem 13,8 bilhões de anos, os objetos já deveriam estar em um estado dinamicamente relaxado, mas não foi isso o que os astrônomos encontraram. Portanto, é possível que o universo seja mais jovem, mas vão ser necessários muitos outros estudos para se chegar a uma conclusão.

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