A Prefeitura de Lajeado, na região dos Vales do Rio Grande do Sul, informou neste domingo (12) o rio Taquari bateu 25,02 metros às 17h30, após subir 36 centímetros em apenas uma hora.
Durante a manhã, a cidade havia emitido um alerta estipulando a medida de 29 metros do rio como margem de segurança para que os moradores deixassem suas casas.
De acordo com o comunicado da Prefeitura, as proporções da cheia devem ser semelhantes às de setembro de 2023.
“Como vai ser?”
Em conversa com a repórter Nathália Lauxen, a cozinheira Daniela Frantz, moradora de Lajeado, contou que a água invadiu o apartamento em que morava na cheia da semana passada.
“O que nós fizemos foi levantar as coisas. A gente não imaginou que ia ser tanto. Nós saímos dali, porque é claro que não ia ficar, mas quando subiu tudo, a gente ficou apavorado”, relatou.
A mulher disse que mora em um apartamento no segundo andar há quase quatro anos, e na cheia de setembro de 2023, a água entrou cerca de 40 centímetros no prédio.
Na de novembro, segundo ela, faltaram “dois degraus da escada para chegar no apartamento”. “A gente saiu quando a água tava ‘tapando’ a frente do prédio”, explicou ao falar sobre ter saído às pressas de casa.
“Agora, como é que vai ser? Essa é a pergunta”, desabafou Frantz, afirmando que o preço do aluguel em áreas não alagadas é mais caro.
A cozinheira ainda contou que alugou um apartamento no condomínio em frente ao que morava, mas agora, no terceiro andar.
“Nós precisamos construir a vida novamente”
Morador de um condomínio na parte alta da cidade de Lajeado, Joel da Silva precisou ser resgatado por militares do Exército após a enchente da última semana.
“Uma das coisas que a gente nunca pensou é que a água iria aqui em cima. Ela [a enchente] subiu mais do que a gente pensou”, disse à CNN.
“Peço para todo mundo, quem puder, nos ajude. Porque nós estamos precisando de ajuda”, disse. “Não é só comida, nós precisamos construir a vida novamente”, desabafou.
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