Não há sinal de crime em queda de helicóptero do presidente do Irã, diz relatório

Distrito Federal

Um relatório preliminar dos militares do Irã mostrou que nenhuma evidência de crime ou ataque foi encontrada até agora durante as investigações sobre o acidente de helicóptero que matou o presidente Ebrahim Raisi, informou a mídia estatal nesta sexta-feira (24).

Raisi, um linha dura que tinha sido visto como um potencial sucessor do líder supremo Ayatollah Ali Khamenei, morreu quando seu helicóptero caiu sob neblina nas montanhas perto da fronteira com o Azerbaijão no domingo (19).

“Sinais de tiros ou similares não foram observados nos destroços do helicóptero (que) caiu em uma área em alta altitude e explodiu em chamas”, disse o relatório emitido pelo Estado-Maior das forças armadas.

“Nada suspeito foi observado nas conversas da torre de controle com a tripulação”, acrescentou. Mais detalhes serão divulgados à medida que a investigação avança, disse o relatório.

Raisi foi enterrado na cidade sagrada xiita muçulmana de Mashhad na quinta-feira (23), quatro dias após o acidente que também matou o ministro das Relações Exteriores Hossein Amirabdollahian e outros seis.

Especialistas dizem que o Irã tem um histórico de segurança aérea ruim, com acidentes repetidos, muitos envolvendo aeronaves construídas nos EUA compradas antes da revolução islâmica de 1979.

Teerã diz que as sanções dos EUA impediram por muito tempo que o Irã comprasse aviões novos ou peças sobresselentes do Ocidente para atualizar suas frotas.

O Irã proclamou cinco dias de luto por Raisi, que promulgou as políticas de Khamenei, reprimiu a dissidência pública e adotou uma linha dura sobre questões de política externa, incluindo conversas com Washington para reviver o pacto nuclear do Irã em 2015.

Uma eleição presidencial foi marcada para 28 de junho.