‘Não era pra ter acontecido isso’

Saúde e Bem-estar

Bruna Muratori, de 31 anos, relata rotina e como tem sido os dias no restaurante

3 mai
2024
– 21h50

(atualizado às 21h53)




Essa é a primeira vez que Bruna Muratori, de 31 anos, fala sobre o assunto.

Essa é a primeira vez que Bruna Muratori, de 31 anos, fala sobre o assunto.

Foto: Reprodução/Youtube

A jovem que mora com a mãe em uma unidade do McDonald’s no Leblon, na Zona Sul do Rio, disse não ver como problema o que elas estão fazendo e que se assustou com toda a repercussão em cima do caso. Essa é a primeira vez que Bruna Muratori, de 31 anos, fala sobre o assunto, mas sem dar muitos detalhes as circunstâncias da situação. 

“Não era pra ter acontecido isso, essa repercussão, essas matérias, histórias. A gente estava, simplesmente, resolvendo uma situação que não via como problema. É bem comum em outros países isso acontecer, na Europa, Estados Unidos. O pessoal faz isso. Pela sua questão e motivo, entende?”, disse. 

Em entrevista ao podcast “Fala, Guerreiro!”, que foi ao ar na quinta-feira, 2, ela contou como é a rotina desde que passou a viver no restaurante. Segundo ela, os funcionários não se incomodam com a presença delas e que a gerente até já lhe ofereceu um emprego no lugar após ouvi-la conversar em inglês com um turista, mas que ela não aceitou. Bruna esclareceu que não está há três meses no lugar, conforme tem sido noticiado. 

“É uma questão de sobrevivência. Não é aquele tempo que falam. É no máximo um mês e uma semana. Até porque, eu estava trabalhando, estava em outro lugar. Isso é fora da realidade [viver no local por três meses]. Impossível”, comenta Bruna. 



Jovem que vive em McDonald’s com a mãe no Rio fala sobre repercussão: ‘Não era pra ter acontecido isso’

Jovem que vive em McDonald’s com a mãe no Rio fala sobre repercussão: ‘Não era pra ter acontecido isso’

Foto: Reprodução/Google Maps

Ela explica ainda que não é ruim viver no lugar e que só se tornou um problema após o caso ser noticiado. “A gente vai resolver aqui… Talvez em umas semanas, mas resolver virar a página e acabou isso. Só que não acabou e virou uma sensação”, apontou.

Bruna esclarece que o pai as ajudam financeiramente e que está atrapalhando, mas devido a situação dela, pediu para ser afastada. “Cheguei a trabalhar estando ali, mas não dava certo, era cansativo”, explicou. 

Em relação a higiene pessoal, a jovem disse que está contando com a ajuda de uma amiga que mora na região para tomar banho atualmente. “É melhor do que ficar pagando. A minha mãe também vai na casa dessa minha amiga ou na [casa] da amiga dela”, diz. 

Sobre a escolha de lugar, um outro ponto que chamou atenção, ela explica que escolheram um ponto estratégico para não atrapalhar o local de entrada e saída. Bruna relata também que as duas aguardam o restaurante reabrir após o encerramento do expediente às cinco horas da manhã. “Já ficamos em outros lugares, mas não é perigoso, pelo menos para a gente”.