Mulher achada morta no Guará fez BO contra o filho por Maria da Penha

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Quase um mês antes de ser encontrada morta com sinais de violência dentro da casa onde morava, no Guará, Edite Gomes da Silva Santos, 73 anos, registrou boletim de ocorrência contra o filho por furto e Maria da Penha.

Segundo o registro policial, o homem de 43 anos teria voltado a morar com a mãe no fim de abril. Poucos dias após se instalar na casa da mãe, ele disse que gostaria de levar uma mulher para morar lá. Edite, porém, negou.

Segundo a vítima relatou à polícia, ao receber o não, o homem teria pegado a bolsa da mãe com documentos, dinheiro e cartões, colocado tudo em uma sacola e deixado o local.

Com medo do filho, a mãe denunciou o caso em 3 de maio e solicitou medidas protetivas de urgência contra ele. A Justiça, no entanto, indeferiu o pedido.

Na sentença, o juiz responsável por jugar a solicitação disse que “no pedido” não estava “satisfatoriamente caracterizada situação de violência doméstica fundada em motivação de gênero”, pois, conforme relatou, o “fundo do conflito entre os envolvidos” compreendia “questões afetas a bens patrimoniais”.

Outrossim, para conceder medidas protetivas de urgência, deve o juiz dispor de elementos mínimos que autorizem uma análise acurada do caso submetido à apreciação”, declarou o magistrado.

Três dias depois da decisão do Tribunal de Justiça (TJDFT), em um documento, o Ministério Público (MPDFT) informou que, em 6 de maio, entrou em contato com a vítima. Conforme relatado, Edite voltou atrás e disse que encontrou a bolsa que estava desaparecida. Além disso, a mulher declarou não precisar mais de medidas protetivas.

O caso

Na sexta-feira (31/3), o Corpo de Bombeiro Militar do Distrito Federal (CBMDF) encontrou a mulher morta, no chão da cozinha. O local estava revirado, com sangue, e havia marca de violência no corpo da vítima.

Edite Santos morava no Conjunto L da QE 30 do Guará e não era vista havia 10 dias, segundo vizinhos. Preocupados, eles ligaram para a Polícia Militar (PMDF), que, junto aos bombeiros, foi ao local e entrou na residência.

A ocorrência, que havia sido registrada inicialmente como morte natural, mudou para homicídio. A perícia da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foi acionada.

Há informações de que a idosa discutiu com o filho, que seria usuário de drogas.