Mortes violentas: uma pessoa negra é assassinada no DF a cada 16 horas

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Considerando dados do Atlas da Violência 2024, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Distrito Federal registrou 5.694 homicídios de pessoas negras no período entre 2012 e 2022. Isso representa um assassinato contra o grupo a cada 16 horas dentro do território da capital federal.

Os números indicam 1,41 homicídio de pessoas negras por dia no DF, ou 9,92 mortes por semana. Com a separação por gênero, foram 451 assassinatos de mulheres negras em Brasília nos últimos anos.

Em relação às pessoas não-negras, baseando-se no mesmo período, foram 1.175 homicídios, indicando um óbito violento a cada 3 dias e 10 horas. O número de homicídios contra negros no DF é 384% maior que as mortes violentas cometidas contra outras pessoas.

Brasília é 2ª capital com menor taxa de homicídios

Brasília teve, em 2022, 13 homicídios a cada 100 mil habitantes, a segunda menor taxa entre as 27 capitais brasileiras, segundo o Atlas da Violência 2024. A capital federal perde apenas para Florianópolis (SC), que teve 8,9 assassinatos a cada 100 mil.

A pesquisa também avaliou os índices entre os anos de 2012 e 2022. Durante essa década, o número total de homicídios registrados em Brasília caiu de 961, em 2012, para 365, em 2022, uma redução de 62%. Além disso, a capital registrou queda no número de ocorrências do crime a cada ano da pesquisa.

Os fatores apresentados pelo levantamento para explicar a boa posição da cidade no ranking são as ações inter-setoriais implantadas no trabalho policial, com foco nos esforços de inteligência, e o investimento em políticas voltadas para a segurança pública.

Para a comandante da Polícia Militar da Polícia Militar (PMDF), Ana Paula Habka, a ação integradas das forças da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) foi fundamental para esses resultados.

“O empenho da nossa corporação, bem como a integração e a integralidade das forças de segurança do DF, tem, de fato, desempenhado um papel crucial para Brasília ser considerada a segunda capital mais segura do Brasil”, declarou a comandante.