Morta na casa do padrasto: envolvidos terão 1ª audiência nesta 3ª

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Os envolvidos no caso da morte de Isabela Dourado de Oliveira (foto em destaque) passarão pela primeira audiência de instrução nesta terça-feira (30/4). A menina morreu em 5 de fevereiro deste ano, quando sofreu uma parada cardíaca após, supostamente, sofrer a violência sexual. O padrasto da vítima, homem com quem a mãe e a criança moravam, Igor Fernandes Pereira Ayres, está preso desde o dia do ocorrido.

A audiência de instrução é uma etapa do processo penal em que há a produção de provas em juízo com oitivas de testemunhas, peritos, além de interrogatórios. Apenas após esta etapa poderá ter início o Tribunal do Júri, caso o magistrado responsável pelo caso entenda que seja necessário.

Isabela morava com a mãe no DF havia seis meses quando faleceu. No dia do ocorrido, a mãe da menina contou à PCDF que saiu para trabalhar e a filha ficou sozinha com Igor no apartamento. Às 8h54, a mulher diz te recebido uma ligação do namorado, dizendo que a criança tinha convulsionado e não reagia aos estímulos.

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Polícia Militar do DF (PMDF) foi acionada pelo Corpo de Bombeiros e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os socorristas, ao chegarem ao local, constataram o óbito.

Durante o atendimento, um dos médicos do Samu informou aos policiais que a criança apresentava sinais de abuso e violência sexual, com lesões na vagina e no ânus. Igor foi preso em flagrante.

Maus-tratos

Em março deste ano, o Metrópoles mostrou novos documentos que apontavam que, antes de se mudar para Brasília com mãe, a menina teria passado por situações de maus-tratos nas cidades onde morava, no Rio Grande do Sul. Documentos da Justiça gaúcha mostram denúncias contra a mãe de Isabela, que a acusam de atrasar a aplicação de vacinas e levar a menina para encontros sexuais.

Os advogados do pai de Isabela, morador do RS, chegaram a pedir que mãe da menina também fosse presa e investigada pela morte da criança. Porém, a Justiça do DF entendeu que não há indícios suficientes de que a mulher tenha cometido um crime e, por isso, não havia motivos para decretar a prisão dela no momento.

Durante a audiência de instrução, o magistrado poderá avaliar a necessidade de inserir a mãe de Isabela também como ré pela morte da filha.


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Versão do preso

À Polícia Civil do Distrito Federal o suspeito contou ter ouvido um barulho no quarto e, quando correu para ver o que tinha acontecido, a garota estava se debatendo e espumando pela boca. Ele alega que ainda tentou fazer massagem cardíaca na enteada, mas não obteve sucesso.

Igor afirmou, também, que era “apaixonado pela criança”, mas a informação foi contestada por um vizinho, que disse já ter ouvido diversas vezes a garota gritando e chorando quando estava sozinha com ele.