LuzIA no WhatsApp: entenda por que chatbot parou de funcionar no app

Tecnologia


LuzIA conquistou 42 milhões de usuários ao oferecer o serviço de chatbot no WhatsApp, mas mudou estratégia para app próprio por conta de cobrança da Meta; confira detalhes A LuzIA parou de funcionar no WhatsApp. O chatbot de inteligência artificial (IA) foi lançado no Brasil em julho de 2023, com a proposta de ser um assistente de fácil acesso, disponível no aplicativo de mensagens mais usado no país. Não era necessário fazer cadastro e o serviço funcionava gratuitamente. A proposta conquistou dois milhões de usuários brasileiros em cerca de um mês e meio. A popularidade, porém, não foi suficiente para manter a ferramenta. Quase um ano depois, usuários foram surpreendidos recentemente com uma mensagem de que deveriam migrar para o aplicativo próprio da LuzIA a fim de usar o serviço.
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O TechTudo procurou os representantes da empresa para esclarecer o que está por trás da decisão. Em suma, alegam que o preço cobrado pela Meta para manter a ferramenta no WhatsApp se tornou insustentável para a proposta de um serviço gratuito. A seguir, confira detalhes sobre a mudança e como usar a LuzIA atualmente.
LuzIA no WhatsApp: assistente de IA não funciona mais do aplicativo de mensagens; entenda
Reprodução/TechTudo
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Em resposta ao TechTudo, Alvaro Higes, cofundador da LuzIA, informou que a mudança para o app foi motivada pelo compromisso que a ferramenta tinha com os usuários de manter um serviço gratuito e descomplicado. Ele explica que a empresa usa a API do WhatsApp Business para manter a comunicação com os usuários, mas é necessário pagar por pessoa e por dia de uso.
“Nos últimos 12 meses, investimos milhões de dólares para levar a LuzIA gratuitamente aos usuários no Brasil e por todo o mundo. Durante este tempo, fizemos o nosso melhor para permanecer nesta plataforma sem cobrar. No entanto, devido ao nosso crescimento exponencial e ao atual modelo de preços da Meta, tivemos que tomar a difícil decisão de deixar o WhatsApp para podermos continuar auxiliando o maior número possível de usuários”, destacou.
A empresa admitiu que a mudança cria um atrito na experiência, mas conta que registrou uma “migração em massa” para o aplicativo da assistente, disponível em celulares Android e iPhone (iOS). Foram registrados dois milhões de downloads da plataforma nos últimos sete dias. Importante ressaltar que a ferramenta continua no Telegram, onde o fundador defende haver um “modelo mais sustentável” de funcionamento.
“A transição do WhatsApp para o nosso novo aplicativo foi um processo gradual ainda em andamento. Embora não tenhamos feito um comunicado oficial, a nossa prioridade tem sido informar os nossos usuários da forma mais transparente possível. Implementamos diversas estratégias de comunicação através das nossas redes sociais e do chat da LuzIA para garantir que todos estejam cientes das mudanças e entendam os motivos desta decisão”, ressaltou Alvaro em comunicado.
O representante da empresa alegou que houve esforços “para influenciar a Meta a atualizar seu modelo de preços para refletir a realidade de chatbots de IA”, mas “não houve nenhuma vontade de mudar”. Vale destacar que a empresa de Mark Zuckerberg está implementando a própria ferramenta de IA nos aplicativos da companhia. Apesar de a opção não ter chegado ao Brasil ainda, já é uma realidade em mais de 10 países. O Meta AI deve oferecer recursos parecidos com o da LuzIA, como responder perguntas, criar imagens e faz recomendações.
“Esta decisão reflete o nosso compromisso com os nossos usuários. Somos uma empresa pequena e inovadora que se esforça para trazer tecnologia de ponta para milhões de pessoas e não podemos permitir que nada atrapalhe a nossa missão. Nosso compromisso é melhorar ainda mais a experiência do usuário através do nosso aplicativo, e estamos constantemente trabalhando para melhorá-lo. Este esforço reflete no seu crescimento exponencial, com mais de oito milhões de downloads em menos de quatro meses. Ficando entre os três principais aplicativos de entretenimento em países como Argentina, Brasil e Colômbia, superando até mesmo TikTok e Netflix”, destacou Alvaro.
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