Libertadores: 1 curiosidade de cada rival dos brasileiros na fase de grupos

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Fora o Botafogo, que precisou passar por duas fases prévias para alcançar a fase de grupos, os demais brasileiros vivem a expectativa da semana de estreia na CONMEBOL Libertadores, torneio mais importante da América do Sul e que terá transmissão ao vivo pela ESPN no Star+.

Os jogos da primeira rodada começam nesta terça-feira (2), com Flamengo e Grêmio em campo, seguem na quarta (3), dia de Botafogo, Palmeiras e Fluminense, e vão até quinta (4), com as estreias de Atlético-MG e São Paulo.

Os sete representantes do Brasil conhecem bem como funciona a Libertadores, com alguns deles entre os maiores campeões do torneio na história. Mas será que conhecem muito dos adversários que terão pela frente na disputa pelo título?

Destrinchar os rivais é trabalho específico de cada clube e seu respectivo departamento de análise. Ao torcedor, o ESPN.com.br apresenta uma visão diferente: um fato curioso de cada um dos 21 adversários dos brasileiros na fase de grupos.

De técnicos e jogadores até campanhas e marcas do passado, conheça um pouco das equipes que brigam pelo caneco continental.

Adversário de estreia do Fluminense, os peruanos possuem uma maldição que nem o atrapalha tanto, mas sim quem os enfrenta. A última vez que um time que encarou o Alianza Lima conquistou a Libertadores foi em 1997, com o Cruzeiro. Esse é o lado ruim, mas tem o bom: o último a fazê-lo sagrou-se bicampeão, feito que o Tricolor busca agora em 2024.

Está no grupo do São Paulo e foi duas vezes vice-campeão, em 1990 e 1998 (esta perdeu para o Vasco). Mas sua curiosidade tem a ver com o próprio Tricolor: em seu elenco está o atacante Djorkaeff Reasco. Ele é filho de Neicer Reasco, ex-lateral-direito que jogou e foi campeão brasileiro pelo clube paulista em 2006 e 2007.

Está no caminho do Flamengo e conta com a altitude de La Paz a seu favor, além de um trunfo financeiro. O Bolívar foi o primeiro clube sul-americano a fazer parte do City Football Group, conglomerado de times que tem Manchester City e outras equipes ao redor do mundo. A parceria começou em janeiro de 2021 e rendeu dois títulos (um Campeonato Boliviano e uma Copa da Liga Boliviana).

O time venezuelano vai estrear contra o Atlético-MG, em casa, e contará com duas novidades no elenco: os nigerianos Blessing Edet e Christian Egbutudike. O primeiro é volante e tem quatro jogos pelo Caracas, enquanto o segundo, atacante, ainda não teve a chance de atuar no futebol sul-americano.

O clube do Paraguai tem uma marca que ninguém gostaria de possuir na história da Libertadores: é o clube com mais participações a jamais ganhar o título. Rival do Fluminense na fase de grupos, o Cerro disputou 44 vezes o torneio, o que só o deixa atrás dos uruguaios Nacional e Peñarol, além do compatriota Olimpia.

Quem fecha o grupo do atual campeão Fluminense é o Colo Colo, dono de uma camisa tradicional no futebol sul-americano e que conta com um velho conhecido do torcedor carioca: Arturo Vidal. Aos 36 anos, o meio-campista cumpriu a promessa de voltar ao time do coração, após passagens por Flamengo e Athletico-PR, e entra na Libertadores 2024 como grande estrela do clube chileno.

O Cobresal, um dos oponentes do São Paulo, tem um estádio literalmente no meio do deserto do Atacama. O clube costumeiramente manda seus jogos no Estádio El Cobre, a 2,3 mil metros de altitude, mas a Conmebol vetou a utilização da praça. Assim, o time chileno levará suas partidas como mandante ao Zorros Del Desierto, casa do Cobreloa, na cidade de Calama.

Um dos argentinos de maior sucesso na história da Libertadores, com quatro títulos, o Estudiantes tem uma marca curiosa no torneio. Foi pelo clube que saiu o primeiro jogador não sul-americano campeão continental na América do Sul: o tcheco Christian Rudzky, integrante do elenco nas conquistas em 1969 e 1970. Este ano, vai encarar o Grêmio na fase de grupos.

Outro adversário do Grêmio é o Huachipato. As equipes já se enfrentaram em uma edição do torneio, em 2013, e aqui mora parte do histórico que os chilenos tentarão combater. A equipe jamais passou da fase de grupos nas duas vezes em que esteve na Libertadores. Além da já citada campanha de 11 anos atrás, caiu na mesma fase em 1975.

No ramo de jogadores com passagens por futebol brasileiro, o Independiente del Valle tem um para chamar de seu: o camisa 10 na Libertadores será Junior Sornoza, meia equatoriano que defendeu Corinthians e Fluminense no país. Agora, ele terá a chance de atrapalhar a campanha do Palmeiras, um dos favoritos ao título da atual edição.

A equipe que estreia contra o Botafogo, no Rio de Janeiro, sabe muito bem o que é o futebol brasileiro. Dezenove jogadores do país vestiram as cores do Junior Barranquilla. E o mais famoso deles tem tudo a ver com o Fogão: Mané Garrincha, maior jogador da história alvinegro, passou rapidamente pela Colômbia.

Sorteado para enfrentar Del Valle, Palmeiras e San Lorenzo na fase de grupos, o Liverpool viveu um deja vu, pois teve uma chave bastante parecida no ano passado. Em 2023, os uruguaios também encararam um time paulista (Corinthians), um argentino (Argentinos Juniors) e o Del Valle, adversário repetido.

Atual vencedor da CONMEBOL Sul-Americana e vice da CONMEBOL Recopa, a LDU caiu no grupo do Botafogo e ostenta em sua história um título da Libertadores, ganho em 2008. O curioso é que esse é, até hoje, o pior aproveitamento de um campeão na história: apenas 47,6%, em uma campanha com 5 vitórias, 5 empates e 4 derrotas em 14 jogos.

É o time que ostenta o “título” de maior goleada como visitante na história da Libertadores. O Millonarios foi a Santiago e enfiou 6 a 0 na Universidad de Chile, em 1960. Difícil repetir essa situação, ainda mais em um grupo com o Flamengo, mas os colombianos tentarão fazer bonito agora em 2024.

Fundado por imigrantes palestinos que viviam no Chile, o segundo adversário do Flamengo no Grupo E mantém viva a relação com a Palestina em sua camisa. As cores branca, vermelha e verde até hoje são as principais do clube e devem ser muito vistas dentro e fora de casa, como na partida do Maracanã.

As ausências de Independiente e Boca Juniors fazem do Peñarol o time mais vezes campeão na disputa da atual Libertadores. Os argentinos somam sete e seis títulos, respectivamente, enquanto os uruguaios, que enfrentam o Atlético-MG, vêm logo atrás no ranking com cinco troféus (1960, 1961, 1966, 1982 e 1987).

Se excluirmos os treinadores de clubes brasileiros, há apenas um outro que sabe o que é ser campeão da Libertadores: Miguel Ángel Russo, justamente o treinador do Central e que levantou a taça pelo Boca Juniors, em 2007. Todos os outros que já tiveram esse gostinho (Renato Gaúcho, Abel Ferreira, Tite e Fernando Diniz) trabalham no Brasil.

O grupo dos grandes clubes da Argentina é composto por cinco membros: Boca Juniors, Independiente, Racing, River Plate e San Lorenzo. Pois o time de Almagro foi justamente o último a erguer o caneco da Libertadores. A campanha vencedora aconteceu em 2014, já sob a benção do Papa Francisco, torcedor fanático do San Lorenzo, e com Edgardo Bauza no comando.

Vai abrir sua campanha contra o São Paulo, em Córdoba, e conta com uma figura que sabe bem como funciona o futebol brasileiro. Ex-volante brigador e de muita raça, Pablo Guiñazu é diretor do Talleres e pretende ajudar a equipe com sua experiência a fazer uma boa campanha. Como jogador, ele venceu a Libertadores de 2010 pelo Internacional.

Cair em grupo de brasileiro está longe de ser novidade na vida do The Strongest. Em suas últimas 16 participações, o clube de La Paz encontrou times do Brasil logo na fase classificatória em 14 oportunidades. A constância é tão grande que, em 2024, o adversário será o Grêmio.

Outro personagem com relação com o futebol brasileiro. O técnico que tentará levar o Universitario a uma boa campanha é Fabián Bustos, de passagem curta pelo Santos, em 2022, e que não conseguiu livrar o América-MG do rebaixamento no ano passado.