Na última quinta-feira (20), o Los Angeles Lakers chegou a um acordo com JJ Redick para ser o novo técnico da franquia.
Será a primeira experiência do ex-jogador como treinador principal de uma equipe, em uma escolha que levantou questionamentos de alguns torcedores. No entanto, o passado prova que contratar um “comentarista de TV sem experiência” pode ser um acerto gigantesco dos Lakers.
Pat Riley não teve uma carreira marcante como jogador da NBA. Um reserva útil, foi campeão pelos Lakers em 1972 e se aposentou quatro anos depois, com a camisa do Phoenix Suns, mas decidiu seguir no basquete e se transformou em comentarista de televisão nos jogos do próprio Lakers, em 1977.
Em novembro de 1979, o então técnico de Los Angeles, Jack McKinney, sofreu um acidente quase fatal de bicicleta, e o assistente técnico Paul Westhead assumiu o comando da equipe. Westhead, então, contratou o comentarista Riley para ser seu assistente.
Logo na primeira temporada da dupla, eles conquistaram a NBA após vitória por 4 a 2 sobre o Philadelphia 76ers nas Finais da NBA de 1980. No ano seguinte, os Lakers foram eliminados na primeira rodada dos playoffs pelo Houston Rockets.
Com seis jogos da temporada 1981/82, Magic Johnson, grande estrela da equipe, pediu para ser trocado pelos Lakers por “estar cansado de ser treinado por Westhead”. Foi então que Jerry Buss, dono dos Lakers, decidiu demitir Westhead.
O problema, porém, é que Buss não tinha um plano B e acabou tendo que improvisar. De surpresa, o dono dos Lakers nomeou Pat Riley e Jerry West como “co-treinadores” da equipe. West, porém, se recusou a assumir a função e ele mesmo nomeou Riley como interino durante a coletiva de anúncio, em cena lembrada até os dias de hoje.
Começava aí a carreira de um dos maiores técnicos da história da liga. No comando de estrelas como Magic Johnson, Kareem Abdul-Jabbar e James Worthy, além de nomes como Byron Scott, A.C. Green e Michael Cooper, Riley foi o responsável por transformar os Lakers na era do “Showtime” e levou a franquia a quatro Finais de NBA consecutivas.
Logo em sua primeira temporada, Riley levou os Lakers ao título contra os 76ers. Na revanche do ano seguinte, deu Philadelphia por conta das lesões de Los Angeles. Em 1984, Pat não conseguiu superar o Boston Celtics de Larry Bird e voltou a ser vice. A vingança veio no ano seguinte, quando os Lakers ganharam em seis jogos e conquistaram o 2º título em quatro anos de comando de Riley.
Em 1987, os Lakers voltaram a vencer os Celtics nas Finais e a comemoração trouxe um dos momentos mais icônicos da carreira de Riley. Durante o desfile de campeão em Los Angeles, o técnico prometeu que a equipe seria bicampeã.
E a promessa foi cumprida. Em 1988, a vítima foi o Detroit Pistons de Isiah Thomas em sete jogos, quando Riley conquistou seu quarto anel como treinador. Ele ainda retornou às Finais com os Lakers no ano seguinte, mas foi derrotado pelos Pistons na revanche.
Pat Riley deixou os Lakers após a temporada 1989/90, quando foi eleito pela primeira vez técnico do ano, mas foi eliminado pelo Phoenix Suns nos playoffs.
Ele ainda treinaria o New York Knicks entre 1991 e 1995, onde voltou a vencer o prêmio de técnico do ano em 1993, antes de assumir o Miami Heat.
Em Miami, foi técnico do ano em 1997 e campeão da NBA em 2006, conquistando seu quinto e último anel como treinador. Em 2008, se aposentou da carreira de técnico e virou presidente de operações do Heat, cargo que ocupa até hoje.
E o sucesso continuou o seguindo, com Riley sendo famoso por formar o trio LeBron James, Dwyane Wade e Chris Bosh, que trouxe mais dois títulos para seu currículo, e a equipe que foi finalista da NBA em 2020, perdendo para os próprios Lakers.
