Izalci vai à PGR pedir revisão de processo de ex-diretor da PRF

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Após visitar na Papuda o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, na manhã desta terça-feira (25/6), o senador Izalci Lucas (PL-DF) declarou que irá à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitar a avaliação do processo que culminou na prisão de Silvinei. Izalci e Damares Alves (Republicanos-DF) foram ao complexo penitenciário para ver o ex-chefe da PRF no governo Bolsonaro.

Izalci disse ainda que Silvinei se encontra “abatido”. “[Ele está] tomando remédios para ansiedade e outros”, revela.

Para o senador, o ex-chefe da PRF não precisaria estar preso. “Ele não apresenta risco nenhum. Deveria estar solto, afinal, não foi condenado”, argumenta.

A visita ocorreu depois do aval do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Izalci e Damares se reuniram com Moraes na última quarta-feira (19/6) e pediram autorização para a visita. Conforme antecipou a coluna Igor Gadelha, a conversa foi rápida e ocorreu a pedido da senadora.

Além de Damares e Izalci, outros 15 senadores foram autorizados por Moraes a visitar Silvinei. Por ordem de Moraes, contudo, eles só poderão visitar em pequenos grupos de três parlamentares.

Confira os 17 senadores autorizados a visitar o ex-chefe da PRF:

Ciro Nogueira (PP-PI)
Cleitinho (Republicanos-MG)
Damares Alves (Republicanos-DF)
Eduardo Girão (Novo-CE)
Esperidião Amin (PP-SC)
Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
Izalci Lucas (PL-DF)
Jaime Bagatolli (PL-RO)
Jorge Seif (PL-SC)
Luiz Carlos Heinze (PP-RS)
Magno Malta (PL-ES)
Marcos Pontes (PL-SP)
Plínio Valério (PSDB-AM)
Rogério Marinho (PL-RN)
Sergio Moro (União-PR)
Tereza Cristina (PP-MS)
Zequinha Marinho (Podemos-PA)

Investigado por interferência nas eleições

Silvinei Vasques foi preso em agosto de 2023, investigado por interferência nas eleições de 2022, tendo possivelmente ordenado e/ou organizado as blitze da PRF que interferiram na locomoção de eleitores, principalmente da Região Nordeste do país, onde o então candidato e agora presidente da República, Lula, tinha vantagem em pesquisas de intenção de voto.

No entanto, as operações em rodovias no dia da votação haviam sido proibidas pelo STF na véspera do segundo turno. O então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, inclusive, teve que determinar a suspensão imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques; só então as ações da PRF nas estradas do Nordeste foram desmobilizadas.