Infestação de piolho de pombo e redução de terceirizados geram transtornos no Hugo

Goiás

SITUAÇÃO

Falta de funcionários ocorre por problemas no repasse às empresas. segundo uma funcionária

O Hospital de Urgência de Goiás (Hugo), em Goiânia, sofreu uma infestação de piolhos de pombo, nesta segunda-feira (22). Segundo apurado, nove pacientes da UTI-4 foram transferidos para o centro cirúrgico. Em nota, o Hugo informou que “foi identificado um foco de pediculose em um dos andares provocado por pássaros oriundos do Bosque que fica ao lado do hospital”, se refere ao Parque Areião.

Ainda conforme a unidade de saúde, foram tomadas medidas de contingência como proteção aos pacientes e colaboradores e imediata dedetização dos ambientes, “garantindo que nenhum transtorno pudesse afetar pacientes, acompanhantes e colaboradores”.

A unidade também estaria com redução de funcionários por falta de pagamento e outros com valores feitos de forma errada – neste segundo caso, a situação ocorre pois parte do piso salarial é pago pela administração do hospital e outro pelo governo federal. Entre eles, o porteiro que controla a entrada e saída de veículos. Além disso, nesta segunda, havia somente uma pessoa na recepção. Limpeza, lavanderia e cozinha também estariam com falta de funcionários.

Uma servidora da unidade conversou com o Mais Goiás na condição de anonimato e confirmou a redução de trabalhadores. Segundo ela, a empresa terceirizada pelos porteiros, seguranças e maqueiros afastou os funcionários devido ao atraso nos repasses dos pagamentos. “Há 15 dias. São 18 maqueiros, só tem cinco trabalhando. Eles vão ao trabalho, mas não trabalham. Guardas são três, só uma está indo”, exemplifica.

“Quem está fazendo diversos serviços são os técnicos de enfermagem. Cobrindo buracos. Muitas cirurgias foram canceladas. Somente a urgência está funcionando”, argumenta. Ainda de acordo com ela, a lavanderia também está em processo de operação tartaruga – pelos mesmos motivos. Ela argumenta que essa situação ocorre, pois o Hugo aguarda, desde dezembro, uma nova Organização Social (OS) para administrá-lo.

O portal insistiu à assessoria do Hospital sobre esse assunto, mas não teve retorno.