O racismo sofrido pelo irmão Nico Williams durante a partida entre Athletic Bilbao e Atlético de Madrid, neste sábado (27), no estádio Cívitas Metropolitano, fez Iñaki Williams desabafar.
O caso aconteceu por volta dos 41 minutos do primeiro tempo. Nico Williams se aproximava para cobrar um escanteio, mas interrompeu a caminhada ao ouvir um grito vindo da arquibancada. O jogo foi paralisado e o árbitro se dirigiu para falar com o delegado da partida. O sistema de som do estádio emitiu um comunicado contra o racismo, e parte da torcida vaiou.
Depois da derrota do Bilbao por 3 a 1, Iñaki Williams deixou claro que essa não é a primeira vez que um jogador sofre racismo no futebol espanhol e cobrou “medidas drásticas” da LALIGA.
“É uma lástima, não teríamos que estar falando disso, teríamos que estar falando sobre o jogo. Outra vez. Me dá muita tristeza que meu irmão tenha sofrido isso. Não é a primeira vez que acontece na liga espanhola. São precisas medidas drásticas, duras. Meu irmão que sofre e não o imbecil que fez os insultos. É um trabalho de todos, não só dos jogadores, mas dos torcedores também, de recriminar. O racismo tem de estar fora da sociedade e do futebol”, desabafou.
“(Nico) Está ferido. Temos que dar voz, que ser duros e tentarmos que isso se repita o menos possível. Isso vem se repetindo. O árbitro foi bem, usando o sistema de som. É algo que temos de trabalhar entre todos. Precisamos transmitir os valores essenciais do futebol, o trabalho em equipe e companheirismo”, completou.
Os jogadores do Atlético de Madrid também saíram em defesa de Nico Williams e condenaram os torcedores que cometeram o racismo. O capitão Koke, inclusive, cobrou o banimento dos estádios.
“Quero dar força ao Nico. Não cabe no futebol e na sociedade o racismo. Mando força a ele. Os jogadores e o clube estão com Nico. Se foi alguém da torcida, deve estar fora dos estádios”, afirmou Koke.
“Perguntei ao Nico o que aconteceu. Nós e todos do clube estamos contra tudo isso. Sempre ao lado, neste caso, do Nico. Repudiamos esses comentários e gestos e estamos totalmente contra o racismo”, reforçou De Paul.
A LALIGA se manifestou ainda antes do fim da partida condenando o racismo no futebol, mas sem citar o caso específico.
