Hamilton e pilotos brasileiros explicam o que é especial em Senna

Esportes

“Eu gosto muito de ver a volta da pole do GP do Japão de 1989. É muito intensa a volta. Dá para ver que ele estava no limite. No limite da época, é claro, porque os pontos de referência eram outros, o nível de segurança era completamente diferente. Mas a tocada dele é muito agressiva”, define.

“Na última chicane, ele vem de sexta para segunda, usando o câmbio H, em que você podia pular marcha, a roda traseira vem travando, é bem incrível o que ele conseguia fazer.”

Ayrton Senna comemora a vitória no GP do Brasil de 1991, a sua primeira no autódromo de Interlagos
Ayrton Senna comemora a vitória no GP do Brasil de 1991, a sua primeira no autódromo de Interlagos Imagem: Paul-Henri Cahier/Getty Images

Bortoleto passa horas vendo vídeos antigos de Senna e recomenda aquela que é tida como a melhor volta da história da Fórmula 1, sob chuva, no GP da Europa de 1993. Ele largou em quarto, chegou a cair para a quinta colocação e terminou a primeira volta da corrida na liderança, com um carro que estava longe de ser o melhor do grid naquele ano. Em quatro voltas, ele tinha aberto 7s para o segundo colocado e seu grande rival, Alain Prost.

“Assisto muitos vídeos, mas acho que o mais icônico dele é o de Donington, passando quatro caras, na chuva. É uma volta que mostra realmente o quão talentoso ele era. Acho que é a volta mais perfeita da F1.”

Gabriel também recomenda assistir às últimas voltas do GP do Brasil. Senna teve um problema no câmbio, que foi piorando enquanto começou a garoar em São Paulo, para diminuir ainda mais a aderência. Ele fez as últimas voltas da corrida usando apenas a sexta marcha, a única que não estava “pulando”, foi vendo sua vantagem na liderança cair, mas conseguiu estabilizar seus tempos de volta e vencer pela primeira vez no Brasil, depois de anos de azares em Interlagos e Jacarepaguá.