Goldman Sachs reitera compra de Lojas Renner; vê mercado precificando cenário excessivamente conservador

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Analistas do Goldman Sachs revisaram projeções sobre a Lojas Renner para refletir um segundo trimestre potencialmente mais fraco, mas reiteraram a recomendação de “compra” para a ação, com preço-alvo de 20 reais, conforme relatório enviado a clientes nesta quarta-feira.

“Acreditamos que o mercado está atualmente precificando um cenário excessivamente conservador para 2024”, afirmaram Irma Sgarz e equipe, vendo margem para a empresa superar expectativas dos investidores e para um “re-rating” de múltiplos no contexto de um ambiente competitivo potencialmente mais benigno.

Eles citam que as ações recuaram 16% no último mês, bem acima do declínio do Ibovespa, em razão das preocupações de investidores sobre o quanto as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul e as temperaturas mais altas que a média no Sudeste poderão afetar os resultados do segundo trimestre.

“Atrasos em torno da legislação que poderia reduzir a isenção fiscal para importações de baixo valor também pesaram sobre o sentimento”, acrescentaram.

Na noite de terça-feira, a Câmara dos Deputados aprovou projeto que estabelece uma taxação de 20% sobre compras internacionais de até 50 dólares. A matéria vai agora ao Senado e a expectativa é de que os senadores analisem a proposta ainda nesta quarta-feira.

As novas projeções do Goldman Sachs apontam receita líquida de varejo de 12,367 bilhões de reais em 2024, de 12,515 bilhões de reais anteriormente, com alta de 5,4% nas vendas mesmas lojas, de acréscimo de 6,6% estimado antes. Para a margem bruta, a estimativa passou de 55,2% para 55%.

O Ebitda de varejo agora é calculado em 2,318 bilhões de reais (de 2,443 bilhões de reais), com margem de 18,7% (ante 19,5%. Para o lucro líquido, eles mudaram a previsão de 1,105 bilhão de reais para 1,010 bilhão de reais.

Na véspera, as ações da Lojas Renner fecharam a 13,20 reais.