Flávio Dino opta pelo jabá ao defender o ‘Gilmarpalooza’

Esportes

Não havia segurança para a realização do “Gilmarpalooza” no Brasil, sustentou Dino, já ministro da pasta de Segurança Pública. Usou da polarização e do extremismo bolsonarista. Da violência impeditiva, da falta de tranquilidade e segurança aos participantes e quejandos delirantes.

Esqueceu-se Dino das edições anteriores, ocorridas bem antes do golpe de Estado engendrado por Bolsonaro e apoiados por alguns dos presentes nessa 12ª.edição do “Gilmarpalooza”.

O argumento atenta à inteligência do cidadão brasileiro. No Brasil, qualquer evento é seguro. E o “Gilmapalooza”, para a população, não despertaria nenhum interesse. Manifestações de Bolsonaro e Lula ocorreram, recentemente, sem nenhum incidente e com muitos participantes.

Para usar uma expressão da predileção de Gilmar Mendes, infinitamente repetidas, a justificativa de Dino tornaria, pelo caradurismo, rubra a face de um monge de pedra.

Já não bastasse ao brasileiro saber da presença no “Gilmarpalooza” do presidente do STF, um ex-desafeto do ministro Mendes e agora aliado em questões corporativas, tivemos o jabá de Dino.

Caronte

Quando Dante Alighieri aproximou-se da barca de Caronte, isto no ingresso ao Inferno, ouviu do transportador das almas penadas, Caronte, a expressão: “Oi, você vindo a este doloroso lugar, atenção, olhe bem, como entras e em quem vais confiar e não engana-te com a amplidão do ingresso”. Como realizei uma tradução livre, adaptável ao descrito no comentário, segue o original: “Oh tu che vieni al doloroso ospizio… guarda com´entri e di cui tu ti fide, non t´inganni l´ampieza de l´entrare”.