“Consideramos estas verdades evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, que são dotados por seu Criador de certos direitos inalienáveis, que entre eles estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade”. A célebre sentença, pertencente ao texto de Declaração da Independência dos Estados Unidos da América, exerce, até hoje, forte influência no território norte-americano e na elaboração de suas leis.
Redigido por Thomas Jefferson — e revisado por John Adams, Benjamin Franklin, Roger Sherman e William Livingston —, o documento que justificava a decisão das 13 colônias de se tornarem independentes da coroa britânica começou a ser preparado em 11 de junho de 1776.
Dias depois, em 4 de julho, finalmente, os Estados Unidos tiveram sua independência declarada. Reconhecido pelos ingleses em 1783, após cinco anos de guerra, o ato é resultado do rompimento nas relações entre a Inglaterra e as 13 colônias.
A histórica data marca o feriado mais importante para o país norte-americano, sendo comemorado anualmente, há 248 anos, pelas cidades locais, com bandeiras, fogos de artifício, paradas militares e muitas festas.
Em alguns lugares do Brasil, a celebração também acontece, especialmente na Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília. Na noite da última quarta-feira (3/7), a embaixadora Elizabeth Frawley Bagley orquestrou uma grande festividade em homenagem ao importante marco para o país.
Realizado no espaço Porto Vittoria, no Setor de Clubes Esportivos Sul, o evento reuniu centenas de convidados, entre eles diplomatas, empresários, jornalistas, amigos da embaixada americana e autoridades, como o ministro do Supremo Tribunal Federal Cristiano Zanin e sua esposa, Valeska Martins. Após a recepção, todos seguiram para a área externa do local a fim de participar da solenidade.
Depois de entoar os hinos brasileiro e norte-americano, o público assistiu ao pronunciamento da embaixadora Elizabeth Frawley Bagley. Em discurso, a representante, já de início, enfatizou que a ocasião contemplava não apenas a independência dos Estados Unidos da América, mas também o bicentenário das relações diplomáticas entre o país e o Brasil.
“Nossas relações diplomáticas começaram oficialmente no dia 26 de maio de 1824, quando o presidente dos EUA James Monroe recebeu o encarregado de negócios do Brasil, José Silvestre Rebello, em Washington D.C., e reconheceu a independência do país. Desde o início, compartilhamos valores, aspirações e o compromisso com a democracia, que moldaram nossa parceria e impulsionaram nossa prosperidade”, declarou.
Na oportunidade, a embaixadora destacou algumas novidades, como o primeiro jogo da National Football League (NFL) em território brasileiro, marcado para setembro deste ano em São Paulo.
Elizabeth também comentou sobre os preparativos para o lançamento de uma exposição de arte inédita com autores afro-brasileiros e afro-americanos, cujo intuito é contar a história compartilhada entre as nações e destacar o compromisso comum no combate ao racismo e o fortalecimento da inclusão.
No que diz respeito às relações comerciais entre os países, a diplomata também pontuou alguns dados, como a venda, por parte do Brasil, de US$ 7,3 bilhões em produtos manufaturados aos EUA apenas no primeiro trimestre do ano. “O comércio entre nossos países promove mais de 550 mil empregos aos brasileiros e cerca de 100 mil aos norte-americanos”, acrescentou.
A anfitriã ainda destacou a questão dos vistos, afirmando que houve redução na espera por vistos para um pouco mais de dois meses. “Batemos o recorde de vistos emitidos no Brasil. Foram mais de 1,1 milhão, e estamos prestes a quebrá-lo de novo este ano”, celebrou.
Temas como G20, sustentabilidade e economia também ganharam espaço no discurso da embaixadora, bem como o apoio que os Estados Unidos prestaram ao Rio Grande do Sul logo após as tragédias ocorridas no final de abril. “O país forneceu imediatamente mais de 1 milhão de dólares por meio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) para apoiar a entrega de abrigos, água limpa e geradores para as comunidades afetadas pelas enchentes”, falou.
Elizabeth complementou que dezenas de empresas norte-americanas que operam no território brasileiro contribuíram com milhões de reais, além de suprimentos e serviços para os esforços de resgate.
A comemoração surpreendeu os convidados com um show emocionante de fogos de artifício, seguido de um coquetel embalado pela banda de Fábio Cavanha.
Veja as fotos de Luh Fiuza:
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