Fake news sobre RS tentam evitar que reação de Lula seja bem avaliada 

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A ajuda ao Rio Grande do Sul aparece como a segunda notícia positiva sobre o governo Lula mais vista, lida ou ouvida pelos brasileiros, somente atrás do Bolsa Família de R$ 600 com R$ 150 a mais por criança e empatada com a melhora na economia.

Além disso, a avaliação geral positiva do governo Lula na região Sul subiu de 25%, em fevereiro, para 34%, em maio, e a negativa ficou estável dentro da margem, oscilando de 42% para 41%.

Como avalia o diretor da Quaest, Felipe Nunes, ainda é cedo para cravar que isso é reflexo das ações de Lula. O presidente visitou o estado com seus ministros duas vezes desde a crescente catástrofe, deslocou as Forças Armadas e a Força Nacional para salvamentos e correu para disponibilizar recursos.

Mas, neste campo, percepções são importantes e grupos já sentiram que há a chance de a ação do governo federal ser bem avaliada. Ainda mais na comparação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que, diante das chuvas que mataram dezenas na Bahia no final de 2021, visitou rapidamente a região afetada e depois correu para se divertir com jet ski em Santa Catarina enquanto os baianos continuavam morrendo e debaixo d’água.

Enquanto servidores públicos e voluntários lutam uma guerra para resgatar famílias, encontrar corpos, reconstruir pontes e levar água e comida, uma parte da extrema direita está em outra guerra, a de narrativas, a fim de reduzir a importância do peso do poder público na resposta. Afinal, trata-se da região Sul, fortaleza de votos bolsonarista.

Essa batalha vai ser decisiva para a percepção final da população sobre o que, de fato, aconteceu. Ao que tudo indica, independente dos fatos.