ESG, Responsabilidade Social e Sustentabilidade: do que estamos falando e o que é importante saber?

Saúde e Bem-estar


Este conteúdo foi produzido por



Luana Oliveira e Stephanie Walker, do círculo de Aceleração Corporativa da Phomenta.




Responsabilidade Social, Sustentabilidade e ESG são termos que tem se tornado cada vez mais famosos no nosso cotidiano, e uma suposição quase que certeira seria dizer que você já ouviu falar em pelo menos um destes três termos no último mês, certo?




O mundo está mudando, e estes três conceitos – Responsabilidade Social, Sustentabilidade e ESG – estão na mira dos consumidores e investidores, o que faz com que as empresas tenham que traçar resultados e agir segundo critérios exigentes. Hoje, mais do que nunca, a forma como as empresas alcançam seus resultados e utilizam os recursos naturais vem sendo avaliada constantemente pela sociedade. Antes de nos aprofundarmos no significado de cada um destes termos, precisamos entender a relevância do



papel das empresas.





É inegável que as empresas exercem influência sobre uma comunidade e, consequentemente, sobre as pessoas que nela habitam, seja por representar uma parcela considerável dos empregos existentes, por ditar tendências de consumo ou por interferir no meio ambiente, entre outros níveis de ações. Tais ações podem ter um caráter positivo e gerar melhorias para o meio onde a empresa está inserida, mas também podem carregar um caráter negativo, uma vez que as empresas podem ser fontes de passivos ambientais como poluição, consumo irresponsável de recursos naturais, interferência nociva na vida da comunidade dentro de suas áreas de atuação, entre outros. Neste contexto, o termo




Responsabilidade Social



vem ganhando força no cenário mundial.



Mas afinal, o que é Responsabilidade Social?




Responsabilidade social é um conjunto de práticas que beneficiam o meio social. As discussões que deram origem ao termo passaram a existir no início do século XX, mas foi apenas em 1953 – com a obra



Responsabilidades sociais do homem de negócios


, do norte-americano Howard Bowen – que esses debates se fortaleceram, pautados em uma preocupação com o aumento do poder e autonomia das empresas na sociedade sem a devida responsabilização pelas consequências de suas ações. Algumas análises sobre esta obra enxergam uma origem ‘moralista’ no termo, uma vez que surgiu dentro de um contexto em que homens brancos lideravam as empresas e deveriam fazê-lo segundo as normas éticas e morais vigentes. 




É neste contexto que começa a surgir a noção de partes interessadas da empresa, os



stakeholders



– um termo abrangente que procura explicitar os graus de comprometimento e de dependência recíproca da empresa com os seus acionistas, empregados, fornecedores, clientes, concorrentes, governo, organizações, movimentos, comunidade, entre outros. Assim, estabelece-se o conceito de



Responsabilidade Social Corporativa (RSC)


.




O conceito tem relação com o compromisso das empresas com a sociedade, para além de questões econômicas, como a geração de lucros e empregos. Uma empresa socialmente responsável deve traçar as ações numa gestão ética e transparente. Para isso, precisa incluir em sua estratégia questões como a qualidade de vida e o bem-estar do público interno da empresa, o relacionamento com os



stakeholders



e a redução de impactos negativos na comunidade e no ambiente.




Sustentabilidade: do que se trata?






A sustentabilidade está relacionada ao conceito de



desenvolvimento sustentável


, ou seja, a capacidade de suprir as demandas da geração atual, garantindo o atendimento às necessidades das gerações futuras. Essa definição começou a ser delineada na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Estocolmo, 1972), criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. O termo foi cunhado em 1987 pela norueguesa Gro Brundtland no Relatório “Nosso Futuro Comum” e, desde então, não saiu de cena.




A



sustentabilidade



, assim como o desenvolvimento sustentável, abrange um conceito mais amplo do que o de RSC, pois está pautado no tripé pessoas, planeta e lucro. Na busca por este equilíbrio, a empresa necessita dialogar com todos seus



stakeholders



estratégicos, sem perder nenhum destes pilares de vista. É comum que as pessoas entendam ‘sustentabilidade’ apenas como o pilar do meio ambiente, mas este conceito é mais abrangente do que isso!





A pesquisa



Future Consumer Index (FCI)



, realizada pela EY, em março de 2021, apontou que a pandemia intensificou a preocupação da população em consumir produtos que contribuam com o impacto social. Cerca de 53% dos entrevistados afirmaram ter mais propensão para adquirir produtos de empresas que estejam ligadas à geração de



impacto positivo na sociedade


.




Com o surgimento do



ESG


, em 2004, o consumidor encontra mais informações sobre as ações das empresas, uma vez que a definição de critérios e métricas ocorre de forma mais sistematizada pelo setor empresarial, apoiado principalmente pela sociedade civil. Além disso, transparência é imprescindível quando falamos de qualquer um destes termos!



Mas qual o significado de cada uma das letras do ESG?





O termo ESG já pode ser considerado um jargão comum no universo das OSCs e empresas, de tanto que ganhou relevância nos últimos anos. ESG e Responsabilidade Social estão intimamente ligados, já que a sigla é proveniente do inglês “


Environmental



,



Social



and



Governance



”, ou seja,



“Ambiental, Social e Governança”


.



Esse conceito faz referência aos critérios que as empresas devem considerar quando definem suas políticas e estratégias, tanto internas como externas:



  • E



    (




    Environmental



    ou Ambiental): estratégias relacionadas ao que a empresa faz pela conservação do meio ambiente e recursos naturais;

  • S



    (



    Social


    ): relacionamento da empresa com seus colaboradores e partes interessadas (


    stakehold


    ers), ou seja, o olhar para as pessoas impactadas pela ação da organização, seja dentro ou fora dela;

  • G



    (




    Governance




    ou Governança): normas relacionadas às demandas administrativas, éticas e de transparência das empresas. 




RSC, Sustentabilidade e ESG – como os termos se relacionam?




As práticas de RSC, ESG e sustentabilidade nas empresas estão deixando de ser atribuídas apenas ao compliance, ou seja, deixam de ser vistas como uma necessidade de somente se cumprir as leis e regulamentações e passam a ser entendidas como diretrizes estratégicas dos negócios. Assim, podemos observar diversos movimentos das organizações em busca de alinhar-se às políticas de amenização das mudanças climáticas, de promoção de diversidade e inclusão dentro dos quadros de colaboradores, de investimento social privado, entre outras ações.



A tendência ESG é tão forte que, segundo um relatório da consultoria PwC, 57% dos ativos na Europa estarão em fundos que consideram os critérios ESG até 2025. Os investimentos relacionados a esta prática possuem diversas métricas e parâmetros que não visam apenas à resolução de questões relacionadas à sustentabilidade ambiental, mas também a toda a estratégia de negócios da empresa. Assim, entende-se que estes conceitos são integrados, já que as organizações privadas necessitam dessas estratégias para garantir a sobrevivência do negócio no mercado atual.



É possível notar que estes três termos possuem diferentes origens e vieses distintos. Entretanto, percebe-se que estão intimamente interligados e apontam para uma mesma direção. Os conceitos de Sustentabilidade e RSC foram ganhando complexidade e importância ao longo dos séculos XX e XXI e, assim, culminaram no surgimento do ESG, que vem para consolidá-los e proporcionar uma visão completa e integrada às exigências do mercado. 




Por fim, podemos encontrar, por exemplo, empresas que possuem apenas uma área de



Sustentabilidade



, com uma equipe responsável pelos indicadores




ESG




e ações de



Responsabilidade Social Corporativa


. Assim como é possível que exista uma área que tenha outro nome, mas com o mesmo objetivo: cuidar das pessoas, do meio ambiente e contribuir para que a atuação da empresa não vise apenas o lucro, mas também busque gerar impacto socioambiental positivo na comunidade na qual está inserida. Mudam os nomes, mas não a intenção. E é isso que importa!




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Este conteúdo foi produzido por Luana Oliveira e Stephanie Walker, do círculo de Aceleração Corporativa da Phomenta.





Para saber mais:

E-book de ESG | Phomenta


 

Artigo Bowen RSC


 

RSC

Instituto Energia do Saber

Fundação Instituto de Administração

Sustentabilidade | WWF Brasil

Lassu | USP

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Revisão: Flávia D’Angelo (Phomenta).