O Portal do Impacto apresenta neste artigo, algumas reflexões sobre a transparência nas Organizações da Sociedade Civil.
Quer saber porque é importante que as OSCs sejam transparentes? Então continue a leitura.
Tempo de leitura: 3 minutos.
A importância da transparência decorre de diversos fatores, tais como: a ONG atua em comunidades e, por isso, deve reportar suas ações a essa comunidade; por vezes, se utiliza de dinheiro público, recurso que vem da sociedade como um todo; ou recebe doações – e, se várias pessoas doam, essas pessoas merecem saber como o uso do dinheiro está sendo feito; e, também, para gerar credibilidade e confiança com doadores e parceiros, presentes e futuros. Por tudo isso e mais, é importante demonstrar como tais ações têm impactado seus diversos públicos, quais foram os resultados alcançados e a dimensão do impacto que causou.
Quais são as boas práticas para ser transparente?
A primeira opção é destacar a transparência no site da organização, ter uma área dedicada a mostrar quem faz parte do atual mandato e da diretoria, deixar disponível o estatuto da organização, demonstrativo de resultados e/ou o balanço social.
Todos esses documentos, mostram quem está dirigindo a organização nesse momento, como os recursos são aplicados e de onde eles vêm e quais ações e atividades são realizadas pela OSC em prol da sociedade, ampliando a confiança do doador e da comunidade.
Mas e se eu não tenho um site da organização?
Calma, existem outras opções. Você pode criar uma página empresarial no Facebook, Instagram ou LinkedIn. É importante que qualquer uma dessas páginas esteja no modo público, assim todos terão acesso às informações, sem ter que “Adicionar” o contato primeiro e ficar aguardando a aprovação. Não sabe
por onde começar a montar a comunicação da sua ONG
? Aproveite os conteúdos gratuitos aqui no portal.
Existe um momento ideal de ser transparente?
Sim, e esse momento é: SEMPRE! Não é apenas nesse momento de crise que é importante ser transparente, é essencial ser transparente em todos os momentos.
Existe algum selo ou certificação de transparência?
Sim, a Phomenta, por exemplo, tem como serviço a certificação de ONGs.
Por ser membro do Comitê Internacional de Monitoramento de ONGs (ICFO – www.icfo.org), a nossa certificação segue os princípios de ética do Comitê e tem como objetivo reconhecer as organizações sociais que já praticam essas ações de gestão e transparência, além de servir como um guia para aquelas que estão iniciando a jornada nessa direção.
Mas afinal, o que é o SELO ICFO?
ICFO significa em inglês: International Committee on Fundraising Organizations ou Comitê Internacional de Monitoramento de ONGs traduzido de uma forma simples para o português.
O ICFO é um comitê internacional, sediado em Zurich, que monitora organizações de todo o mundo. O comitê tem definidos alguns princípios gerais para que membros locais definam os critérios de avaliação de Organizações e concessão de selo de boas práticas e transparências. São eles:
Benefício público
Os padrões exigem que organizações sem fins lucrativos garantam que suas atividades sejam direcionadas ao cumprimento de ações que beneficiem a sociedade como um todo.
Governança
Os padrões exigem que as organizações sem fins lucrativos tenham membros da ativos da direção, e estruturas efetivas de supervisão que preencham suas responsabilidades e atuem com a independência necessária.
Finanças
Os padrões exigem que organizações sem fins lucrativos forneçam informações financeiras completas e precisas. As informações financeiras devem fornecer uma visão verdadeira e justa da posição financeira e dos resultados das operações da organização.
Eficiência
Os padrões exigem que as organizações sem fins lucrativos sejam transparentes sobre seus custos de captação de recursos e despesas gerais e administrativas.
Eficácia
Os padrões exigem que as organizações sem fins lucrativos avaliem regularmente os resultados de suas atividades (desempenho e / ou eficácia).
Integridade
Os padrões exigem integridade, que suas ações de captação de recursos e demais sejam éticas, e que sua comunicação seja verdadeira, precisa e neutra.
Transparência
Os padrões exigem que organizações sem fins lucrativos disponibilizem gratuitamente ao público informações abrangentes, úteis e válidas sobre seus antecedentes, finanças, atividades e resultados.
A partir desses princípios, o membro local do ICFO (no caso do Brasil, a Phomenta) define os princípios locais para avaliação e concessão do selo de boas práticas e transparência.
Com a finalidade de creditar aquelas organizações que alcançam esses padrões internacionais, a Phomenta, adaptando a avaliação à realidade brasileira, definiu 6 Princípios de avaliação. São eles: Governança, Potencial de Impacto Social, Transparência, Comunicação, Jurídico e Financeiro.
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