Empresa é acusada de desviar R$ 2,5 mi de medicamentos contra câncer

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Foram precisos três orçamentos. O escritório Bandeira Advogados, em Foz do Iguaçu (PR), listou as empresas para a Justiça foi . O melhor preço foi da empresa Blowout Distribuidora, Importação e Exportação Eireli, com endereço registrado em Joinville, Santa Catarina.

Contudo, segundo a delegada que investiga o caso, Thaís Regina Zanatta, a firma contratou uma segunda empresa para adquirir essas medicações e levar até a menina. O que não aconteceu da forma esperada.

Entrega incompleta dos medicamentos

O caso foi revelado em reportagem do Fantástico, exibida nesse domingo (16/6). A segunda empresa ficou responsável por entregar os remédios no hospital, porém, a unidade de saúde recebeu apenas uma ampola do medicamento Danyelza, ainda faltam cinco.

O outro medicamento, Leukine, também foi entregue incompleto: das 60 caixas que o tratamento exige, apenas 10 foram entregues e de um similar, genérico.

A polícia de Cascavel pediu o bloqueio das contas da empresa Blowout e da empresa que ela subcontratou, a LH Comércio de Medicamentos Limitada. Segundo as investigações, as contas da LH tinham R$ 17 mil.

Já as contas da Blowout estavam zeradas. O dono da Blowout, Polion Gomes Reinaux Gomes foi preso em 2015 no Rio de Janeiro depois se apropriar de equipamentos hospitalares.

Com passagem na polícia

Conforme a delegada, os donos das duas empresas possuem passagem policial, principalmente pelo crime de estelionato.

Segundo a defesa de Polion, no caso dos remédios da garota, a Blowout não tem qualquer ligação com a empresa importadora e “todos os eventos para a aquisição dos medicamentos foram documentados nos autos, inclusive com contrato, notas fiscais e fechamentos de câmbio”.

Na quinta-feira (13/6), em vídeo da audiência virtual obtido pelo Fantástico, Polion afirmou que os remédios vão ser entregues. Na sexta-feira (14/4), a Blowout entregou à Justiça um documento em que propõe devolver o dinheiro em 18 prestações.

De acordo com Thaís Zanatta, “inicialmente estão sendo apurados os crimes de estelionato, uma possível adulteração de medicamento, porque a gente não sabe que circunstâncias que aconteceram essa importação dessa medicação. Também o crime de organização criminosa e lavagem de capitais. Somadas, essas penas podem chegar até 40 anos de prisão”.