Em primeira privatização de empresas, Tarcísio vende Emae por R$ 1 bi

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São Paulo — Em seu segundo leilão nesta semana, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) privatizou, nesta sexta-feira (19/4), a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), estatal de geração de energia elétrica, na Bolsa de Valores, na capital paulista. A companhia foi vendida para o fundo de investimentos Phoenix por R$ 1,04 bilhão.

A Emae é responsável pela Represa Billings, que ocupa parte da zona sul paulistana e cidades do ABC paulista, e opera a usina de energia Henry Borden, em Cubatão. A usina existe desde 1926 e gera eletricidade a partir de uma queda d’água que desse a Serra do Mar e termina na cidade da Baixada Santista.

A estatal tem ainda usinas de geração de energia em Salto e Pirapora do Bom Jesus, no interior

A privatização é o primeiro projeto 100% desenvolvido na gestão Tarcísio de venda de um ativo público. Eleito com uma plataforma que prometia uma série de ações de desestatização, o governo já leiloou as obras do Trecho Norte do Rodoanel, o Trem Intercidades (entre a capital e Campinas) e um lote de rodovias do litoral norte, mas a Emae é a primeira empresa pública vendida por seu governo.

A companhia já tinha ações em posse de entes privados, mas o governo detinha cotas que dão direito a votos nas decisões da empresa. O leilão ocorreu por meio da oferta de um lote único de todas as 14,7 milhões de ações em poder do Estado, por um preço inicial de R$ 52,85. O total representa 39% das ações da empresa. A Phoenix ofereceu R$ 70,65 por ação.

O leilão teve outros dois grupos econômicos interessados e houve mais de 30 lances. O ágil foi de mais de 33,7%.

Além de fornecer energia elétrica, a Emae opera três balsas na represa Billings, uma que liga moradores da Ilha do Bororé — uma península isolada da cidade pela Mata Atlântica — ao restante da capital, e outras duas na cidade de São Bernardo do Campo, no ABC.