Coreia do Norte manda balões com lixo e fezes para a Coreia do Sul

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A Coreia do Norte é acusada de mandar centenas de balões com lixo e fezes, a partir da fronteira, para a Coreia do Sul. A informação veio de militares de Seul, explicando que os vizinho do norte alertaram sobre uma “vingança” após panfletos anti-Pyongyang terem sido enviados por ativistas.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul detectou pelo menos 260 balões vindos do norte, desde a noite de terça-feira (28/5). Eles caíram em diversos locais do país, desde a fronteira, chegando a Seul e a South Gyeongsang, no sudeste. Redes sociais mostraram os objetos voando e caindo.

Atos dessa forma já tinham acontecido em 2016 e 2018, mas não em tão grande quantidade. Assim que os balões chegaram ao solo, militares encontraram lixo e esterco dentro deles. Muitas garrafas plásticas, baterias e peças de roupas estavam lá.

Rapidamente, especialistas em perigo químico, biológico, radiológico e nuclear examinaram o material, assim como unidades para eliminação de possíveis bombas.

Em nota, o Estado-Maior Conjunto afirmou que os atos norte-coreanos violam o direito internacional e ameaçam a segurança da população.

“Alertamos severamente à Coreia do Norte para parar imediatamente com seu ato desumano e vulgar”, diz o comunicado.

Coreia do Norte prometeu o lixo

A agência de notícias Yonhap contou o caso de um proprietário de vinhedo em Yeongcheon, a cerca de 250 km da fronteira. Ele procurou a polícia após ouvir um barulho. Então, encontrou o balão no chão, com muito lixo. Além disso, o objetivo danificou uma estufa de sua fazenda.

As autoridades aconselham aos cidadãos que não toquem nos balões ou nos objetos dentro deles, e que contatem imediatamente militares ou policiais.

No último domingo (26/5), a Coreia do Norte prometeu que mandaria “montes de papel e sujeira” para os os vizinhos, no que eles chamaram de “ação de olho por olho”, depois que ativistas mandaram panfletos anti-Pyongyang, também por meio de balões.

Também foram enviados cartões de memória USB com videoclipes de K-Pop, que são proibidos nos vizinhos do norte. A tentativa é fazer com que os cidadãos se revoltem contra o governo de  Kim Jong-un.

Tecnicamente, as duas Coreias continuam em guerra, uma vez que o conflito entre 1950 e 53 foi suspenso com uma trégua, e não com um tratado de paz.