Copa do Mundo feminina de 2027 será no Brasil

Esportes

O Brasil será a sede da Copa do Mundo feminina de 2027, anunciou a Fifa na madrugada desta sexta-feira (18) durante seu 74º congresso, que este ano acontece em Bangkok, na Tailândia.

Liderada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a candidatura verde e amarela desbancou a europeia, que era formada em conjunto por Alemanha, Bélgica e Holanda. Estados Unidos e México também haviam manifestado o interesse de receber a competição, mas depois desistiram, em abril, para focar seus esforços na disputa de 2031.

A eleição aconteceu no Queen Sirikit National Convention Center e contou com a participação dos 211 representantes das associações-membro da entidade que comanda o futebol mundial, com a exceção dos quatro integrantes das candidaturas finalistas.

Havia uma expectativa muito alta do lado brasileiro, especialmente após a divulgação pela Fifa, no último dia 8, do Relatório de Avaliação de Candidaturas realizado pela entidade. Nele, a nota máxima era 5, e o Brasil ganhou 4 contra 3,7 da opção concorrente. A visita da comitiva da Fifa ao país aconteceu em fevereiro, enquanto nos três países europeus isto se deu em janeiro.

Será a primeira vez na história que o Mundial de futebol feminino, em sua décima edição, acontecerá na América do Sul, após já ter passado por América do Norte (Estados Unidos, duas vezes, e Canadá), Europa (Suécia, Alemanha e França), Ásia (China, duas vezes) e Oceania (Austrália e Nova Zelândia, em conjunto) – entre os continentes, restará apenas a África a receber o campeonato.

No plano do Brasil, a Copa do Mundo das mulheres acontecerá entre 24 de junho e 25 de julho de 2027, com os jogos de abertura e final no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ). E ao menos em termos de cidades e estádios, a estrutura será praticamente a mesma utilizada pelo país no Mundial masculino de 2014, com dez locais: Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). As duas cidades-sedes da Copa de quase dez anos atrás que não receberão partidas serão Curitiba (PR) e Natal (RN).

Na candidatura europeia, o projeto previa 13 estádios, sendo cinco na Holanda, quatro na Alemanha e outros quatro na Bélgica, com a abertura sendo em Amsterdã, na Johan Cruyff Arena (estádio do Ajax), na Holanda, e a final no Signal Iduna Park, estádio do Borussia Dortmund, na Alemanha.

A comitiva brasileira em Bangkok conta com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o ministro do Esporte, André Fufuca, a ex-jogadora e atual gerente de competições femininas da CBF, Aline Pellegrino, a atacante da seleção brasileira Kerolin, a ex-atleta Formiga (única a disputar sete Copas do Mundo), as consultoras Valesca Araújo, Jacqueline Barros e Manuela Biz e o consultor Ricardo Trade.

Ex-jogadores como Gilberto Silva, Cafu, Athirson, Roque Júnior e Dida, além do técnico da seleção feminina, Arthur Elias, também marcaram presença no evento. Ao celebrar a escolha, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, aproveitou para adiantar um plano de desenvolvimento voltado ao Rio Grande do Sul, assolado pela catástrofe climática no último mês.

“É uma vitória para o futebol feminino em todo mundo, para que mais atletas possam jogar nas escolas, nas ruas e, no fim, que possam integrar um clube ou uma seleção. Com essa conquista, queremos também, com o trabalho que será desenvolvido, fortalecer o futebol feminino brasileiro e, principalmente, do Rio Grande do Sul, onde terá um grande centro de desenvolvimento para a modalidade”, disse.