Como vi de perto a festa do primeiro título da Libertadores do Palmeiras

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Depois de um primeiro tempo arrastado, com uma torcida que não parou em nenhum minuto de incentivar, no segundo tempo o Palmeiras abriu o placar na cobrança de pênalti de Evair, mas Júnior Baiano (esse é um dos grandes personagens desta coluna) foi infantil na jogada e cometeu a penalidade. Zapata, que depois se tornaria para sempre um ídolo palmeirense, empatou.

No estilo Felipão, o Palmeiras foi para cima, ficou na frente com gol de Oséas, mas não conseguiu o terceiro que daria o título no saldo de gols.

Passados 25 anos, eu sei que é fácil escrever, mas não fiquei abalado quando Zinho abriu as cobranças e desperdiçou. Logo ele, um jogador frio e acostumado a decisões. Tudo bem, pensei, o título era questão de tempo.

Nem lembro se olhei para o Mauro Beting, mas acredito que ele, como eu, sabia que em pouco tempo iríamos nos abraçar e comemorar o título. Esse abraço não aconteceu, mas sempre que nos encontramos o abraço faz parte do ritual de amigos que somos.

E a sequência que todo palmeirense sabe de cor foi a seguinte: Júnior Baiano, Roque Júnior, Rogério e Euller bateram e fizeram. Nas três primeiras cobranças, os colombianos marcaram com o goleiro Dudamel, Gaviria e Yepes.

O “São Marcos”, que surgiu graças a atuações incríveis e foi eleito o melhor jogador desta Libertadores, muito em função das exibições soberbas nos jogos contra o Corinthians nas quartas de final e no primeiro jogo diante do River Plate na Argentina, viu Bedoya carimbar a sua trave esquerda.