Como um italiano está resgatando a paixão para a McLaren voltar ao topo

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Isso vem carregado de uma série de estereótipos na Fórmula 1. Quantas vezes não ouvimos que a Ferrari jamais terá sucesso quando for chefiada por italianos, pois eles agem muito com o coração e pouco com a razão. Preconceitos que Stella desafia, não tentando se distanciar das emoções, mas usando-as (e convencendo a McLaren a usá-las) a seu favor.

Emoções geram memórias, que engenheiros usam como dados

“Não é que eu cheguei na McLaren com a receita perfeita, estou na minha própria jornada também e considero que estou em evolução constante. Mas algo que certamente é claro para mim há muito tempo é que as emoções podem ser muito importantes. As emoções são a melhor maneira de criar memórias duradouras e quando você tem memórias, você tem dados que você pode usar para fazer seu trabalho corretamente”, explicou Stella com exclusividade ao UOL Esporte.

Os pilotos da McLaren Lando Norris (esq) e Oscar Piastri (centro) com o chefe Andrea Stella
Os pilotos da McLaren Lando Norris (esq) e Oscar Piastri (centro) com o chefe Andrea Stella Imagem: McLaren/Divulgação

“Então, neste caso, as emoções são realmente muito funcionais do ponto de vista técnico. Ao mesmo tempo, se pensarmos de onde vem a energia para as pessoas, a energia vem das emoções. Não há muita energia associada à lógica. Assim como as emoções são um fator muito importante fator mesmo em um ambiente de alta engenharia.”

Isso, lembrou Stella, vale para as emoções dos italianos tanto quanto para as emoções dos ingleses, embora eles as expressem de maneiras diferentes. “É uma questão de ir além das concepções simplistas sobre emoções. Basta pensar nas sutilezas pelas quais, no ambiente britânico, elas podem se aplicar de maneira um pouco diferente da Itália. Mas acho que essa abordagem é válida em qualquer lugar.”