Como batida em Mônaco pode custar caro para a carreira de Ocon na F1

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Isso explica a reação bastante forte do chefe da equipe, Bruno Famin, quando entrevistado pela TV francesa durante o período de bandeira vermelha logo após o incidente. O francês disse que “haverá consequências apropriadas”.

Agora que a poeira baixou, é uma questão de entender qual seriam essas consequências. Tirar Ocon de uma corrida (lembrando que, de qualquer maneira, ele teria que cumprir sua punição na etapa seguinte) ganha as manchetes por ser algo drástico, mas é apenas uma das opções. É possível que o time opte por uma multa e estabeleça um padrão de comportamento entre os companheiros, deixando claro que outro toque como este resultaria em uma suspensão interna.

Dupla Gasly e Ocon está com os dias contados

Não é uma decisão fácil, até porque Ocon tem sido o piloto mais rápido da Alpine nesta temporada. Mas também não é por acaso que é dado como certo que a Alpine não continuará com a mesma dupla de pilotos para o ano que vem. E, se era tido como mais provável que Ocon estivesse de saída mesmo antes do acidente, agora é difícil imaginar outro cenário.

Mesmo com as boas performances, pesa contra ele o histórico de toques com companheiros de equipe, o que vem desde a época de Manor, com Pascal Wehrlein, depois se repetiu na Force India com Sergio Perez. Na própria Alpine, com Fernando Alonso, o clima também não foi dos mais amigáveis.

Ocon é, ao mesmo tempo, um piloto de fala mansa e muito afável com os jornalistas, mas que não colecionou muitos fãs nas equipes por que passou, e mais uma vez parece viver na carreira um momento de indefinição.