Como a Volvo pretende superar BMW no mercado brasileiro de carros de luxo

Esportes

BYD e GWM, que estão conseguindo altos volumes no Brasil, são a prova da eficiência da China como exportadora de veículos, capaz de entregar grande número de exemplares em pouco tempo. Assim, produto não vai faltar. Para o EX30 cumprir os planos da Volvo, basta o consumidor se interessar.

Preço é forte argumento

E há grandes chances de isso ocorrer, também por causa da China. O carro chinês tende a ser mais barato do que os produzidos em qualquer outro lugar do mundo. Tanto que o EX30 custa entre R$ 229.950 e R$ 294.950. O BMW mais barato atualmente é o X1 de entrada, por R$ 299.950. Já o Série 3 parte de R$ 322.950.

Na Audi, o modelo mais em conta, A3 (hatch e sedã), custa R$ 287.990 nas versões de entrada. O mais vendido, Q3, começa em R$ 297.990. Já Mercedes-Benz, JLR e Porsche estão em um patamar bem mais alto de preços.

Por isso, com o EX30, a Volvo entra em uma faixa para atrair clientes que, até então, não eram de marcas de luxo. Dependendo da versão, o valor é semelhante ao de alguns SUVs médios brasileiros, que têm altos volumes. Dá para concorrer também com os híbridos plug-in chineses, que estão fazendo muito sucesso.

Se o consumidor brasileiro aceitar bem o EX30, a BMW tem algumas opções para continuar na liderança. Porém, não será fácil. Aumentar a produção de X1 e Série 3 em Araquari seria uma hipótese. No entanto, há a questão do preço. A alemã não consegue atingir os clientes que o novo Volvo pode conquistar. Ao menos, não com as versões disponíveis atualmente.