Com risco de saques, caminhões-pipa rodam com escolta policial no RS

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Porto Alegre – “A população nos vê e vêm em cima”, relata o motorista Wiliam Ribeiro, que há uma semana faz entregas nas clínicas e unidades de saúde em Porto Alegre, onde grande parte da cidade está sem água. Segundo o motorista, está tem sido a orientação do Departamento Municial de Águas e Esgoto (Dmae) da capital gaúcha a tomar cuidado com uma carga que se tornou valiosíssima. “Fomos orientados que, quando estiver em risco, é para liberar o caminhão e evitar problemas de segurança”, complementa o servidor municipal.

Com uma carga de 16 mil litros de água, Ribeiro faz entregas principalmente na área central de Porto Alegre, e conta que os problemas de insegurança têm sido principalmente nos bairros e regiões mais periféricas.

Salvando vidas

A assistente social Elis Driwoski trabalha no Instituto de Doenças Renais, no bairro Santa Cecília, na capital gaúcha. Ela conta que os caminhões-pipa tem salvo a vida de cerca de 200 pacientes na clínica de hemodiálise.

Além dos pacientes tradicionais,  a clínica está recebendo doentes de toda a região metropolitana de Porto Alegre, muita afetada pelas enchentes. Morador de Canoas, Sérgio Leite acompanha a esposa, que precisa do tratamento três vezes na semana. Por isso, Leite e a família tivera que se mudar para a capital enquanto a crise está aguda.

Veja imagens da chegada de um caminhão-pipa a um restaurante de Porto Alegre sob escolta policial:

 

Consultada sobre a escolta das cargas, a Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul informou que está com 100% do seu efetivo em operação para atuar. Foram canceladas férias de todos os servidores e aqueles que trabalhavam administrativamente estão nas ruas. “Além disso, estamos recebendo reforço de policiais de estados próximos como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além da Força Nacional e do chamamento de 1.000 policiais da reserva”, informa a pasta.

A maior parte desses policiais estão atuando no patrulhamento de áreas alagadas dos municípios atingidos, tentando evitar crimes. Por ordem do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, por causa da crescente onda de crimes, a Força Nacional passa a fazer também o policiamento de abrigos em Porto Alegre em em outras cidades onde está atuando.

Em relação às estradas, o Comando Rodoviário da Brigada Militar faz patrulhamento diuturnamente nas rodovias RS 040 e 118, principais pontos de ligação da região metropolitana com o litoral norte.


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