Coelho: ‘O que Tiago Nunes fez com o Corinthians foi uma das coisas mais grotescas que já vi’

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Em 2020, Tiago Nunes assumiu o comando do Corinthians. No entanto, não teve uma boa passagem pelo clube, deixando o Timão após 26 jogos. E quem sucedeu o técnico detonou o que viu de legado.

Convidado do Resenha ESPN que vai ao ar nesta sexta-feira (17), às 22h (de Brasília), com transmissão pela ESPN no Star+, Dyego Coelho, atualmente no sub-23 do Portimonense e que foi interino até a chegada de Vágner Mancini, não mediu palavras para criticar o trabalho feito por Tiago Nunes.

“Era uma bagunça generalizada dentro do campo. E começou fora com situações que, eu vivendo no futebol há muito tempo, são coisas que eu não admito dentro da minha casa e muito menos no meu local de trabalho.”

“O que o Tiago Nunes fez com o Corinthians foi uma das coisas mais grotescas que eu já vi na minha vida depois que você pega um time. Em todos os sentidos, com os funcionários do clube, com os jogadores do clube, com uma falta de respeito fora do comum”, completou.

Coelho detalhou o que Tiago Nunes tentou fazer na tentativa de impor respeito dentro do Corinthians e deixou claro: a situação encontrada era pior que a de 2007, ano do rebaixamento do Timão.

“Uma situação de querer mandar todo mundo embora para se achar o rei de tudo e o Corinthians, na minha opinião, começa a desandar ali. Ali foi uma questão muito difícil de lidar, com uma casa onde fui criado, desde os oito anos de idade. E encontro pior do que nós encontramos em 2007, muito pior. Quando o boleiro fala, quando vai pra resenha, quando tá ‘tututu ali’, ‘tututu aqui’, e você pergunta para as pessoas se tá tudo bem, elas falam: ‘não, esse cara não dá’.”

“No Corinthians é assim, o termômetro de tudo, os funcionários são o termômetro de tudo. Então, você começa a perceber que as coisas dentro de campo não iam funcionar, e realmente não funcionaram muito bem”, finalizou.

À ESPN, Tiago Nunes respondeu as declarações feitas por Coelho durante o Resenha e citou um “desequilíbrio evidente” do ex-lateral-direito.

“Caráter e valores não são negociáveis. Algumas falas e críticas dizem mais de quem as realiza do que de quem pretende atingir. Esse comportamento é fruto de um desequilíbrio evidente. Sob meu comando, em 2020, foi a última vez que o Corinthians conseguiu chegar à final do Campeonato Paulista, sendo derrotado nos pênaltis, para o Palmeiras, futuro bicampeão da Libertadores, entre outros títulos. Um ano difícil para toda a humanidade, com início de uma pandemia inédita. E principalmente para um clube como o Corinthians, que tinha as arquibancadas vazias e não contava com o apoio direto de sua fiel torcida, historicamente fundamental para o clube”, disse.

“Senhor Dyego Coelho, querer justificar a própria incompetência ou o ostracismo profissional, às custas de outros profissionais, é o sinal evidente de falta de ética, coleguismo e respeito com toda a classe dos treinadores brasileiros”, prosseguiu.

“No período que dirigi o Corinthians, a relação com atletas, dirigentes, estafe e funcionários sempre foi profissional e tratada em alto nível. Relações que se mantém até hoje, inclusive. Mas, por algum motivo, pessoas aparecem depois de tanto tempo dizendo inverdades e atingindo a integridade de profissionais sérios. Segui meu caminho, trabalhando em clubes no Brasil e no exterior, sempre com ótimas relações e respeito de todos. Afirmar que faltei com respeito com funcionários do clube, principalmente em um momento de pandemia que estávamos ultrapassando, é algo que jamais vou admitir, considerando o meu caráter e os meus princípios. Tal afirmação é grave, mentirosa e repudio totalmente a colocação do senhor Dyego Coelho.”

Onde assistir ao Resenha ESPN?

O Resenha ESPN vai ao nesta sexta-feira (17), às 22h, com transmissão pela ESPN no Star+.