China precisa ser rápida para coletar amostras na Lua

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A sonda Chang’e 6 precisa de agilidade para coletar amostras do lado afastado da Lua. Se tudo correr bem, o material deve chegar na Terra até o fim de junho

Parece que tudo está correndo bem com a missão Chang’e 6, da China. A sonda pousou no lado afastado da Lua no sábado (1) com o objetivo de coletar amostras de lá, que podem conter respostas valiosas sobre a formação e evolução do Sistema Solar, mas é difícil — e exige velocidade.




Foto: Jin Liwang/Xinhua/CNSA / Canaltech

Após a descida, a Chang’e 6 teve uma janela de 14 horas para perfurar, escavar e selar cerca de 2 kg de material. O tempo é curto: para comparação, considere que a missão Chang’e 5 teve 21 horas para coletar amostras do seu local de pouso na Lua.

“Assim que escurece, quando o Sol for para baixo do horizonte, a missão precisa acabar”, disse James Carpenter, diretor da Divisão de Ciência Lunar na Agência Espacial Europeia. “Existe uma janela de tempo limitada entre pousar, pegar estas amostras e sair da superfície outra vez, então é uma missão bem interessante porque tudo tem que ser feito rapidamente”, acrescentou. 

Segundo a agência de notícias Reuters, “a Chang’e 6 está pronta para iniciar sua jornada histórica de volta à Terra após coletar amostras”. Se tudo tiver corrido bem nesta etapa, o material vai ser transferido para um propulsor de foguete sobre o módulo de pouso. 

O componente vai ser lançado ao espaço, vai se acoplar a outra espaçonave e vai transferir as amostras. Depois, o material deve pousar na Mongólia Interior, na China, por volta do dia 25 de junho. 

A espera vai valer a pena. Carpenter recordou que os astronautas do programa Apollo coletaram amostras do lado lunar voltado para a Terra. O material pareceu indicar que a Bacia do Polo-sul Aitken foi formada quando o Sistema Solar foi exposto a um verdadeiro bombardeio de asteroides. 

“Esse é um evento realmente fundamental na história de todo o Sistema Solar, mas há alguma controvérsia sobre se ele aconteceu ou não”, disse. “Para entender isso, você precisa relacionar esses eventos, e isso vai ser feito com as amostras do lado afastado da Lua, na Bacia de South-Pole Aitken”, finalizou.

Fonte: Reuters

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