Carlos Knapp, o terrorista aterrorizado

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Denunciado, teve de fugir do Brasil e acabou exilado na Argélia, ao lado do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes.

Depois de ter saído do Brasil, quem andava com seu carro era o torturador Sérgio Paranhos Fleury, do DOPS.

Deixou um belo livro, “Minha vida de terrorista”, em que, na verdade, revela-se muito mais como alguém aterrorizado, cuja sensibilidade levou para caminhos jamais imaginados por ele.

AQUI uma entrevista de Knapp para TV do Senado.

Ajudei em sua fuga ao providenciar as condições para fazer a foto de seu passaporte falso para sair do país, operação difícil porque, vítima de paralisia infantil, Knapp tinha uma perna de madeira.

Dono de cabeça privilegiada, deixa quatro filhos, dois deles com quem trabalhei: Nora Knapp, na Editora Abril, e Eduardo Knapp, excelente fotógrafo da Folha de S.Paulo.