Camisa 10 teve efeito oposto em Gabigol e Luciano

Esportes

Gabriel Barbosa e Luciano receberam quase que ao mesmo tempo as pesadas camisas 10 de Flamengo e São Paulo. Nenhum dos dois jogadores é um meia clássico de origem, nenhum deles é considerado um fora-de-série se por fora-de-série entendermos nomes como Zico e Raí, mas ambos conquistaram suas torcidas com doses equivalentes técnica e garra. Vagando a 10 em cada um de seus clubes, elas foram oferecidas a eles em nome, me parece, da identificação que desenvolveram com a torcida.

Pois bem. Foi nesse ponto que as histórias se separaram.

Luciano demorou um pouco para se ajustar ao peso da camisa, mas parece que foi crescendo de produção até que a 10 caísse confortavelmente. Esquentou uns bancos, deu algumas reclamadas, mas esteve sempre disponível para ser o jogador que a torcida espera. Agora, com Zubeldia, acho que Luciano se agigantou para fazer justiça à história desse número. Luciano se reencontrou em campo, técnica e taticamente, e se transformou no líder que todo time precisa. Tem sido fundamental para o treinador construir uma equipe competitiva, segura, raçuda, auto-confiante.