Beneficiária do Bolsa Família no DF é uma das presas da Lesa Pátria

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Pelo menos sete moradores do Distrito Federal foram presos na última fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última quinta-feira (6/6). A ação tem como objetivo recapturar mais de 200 pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro que descumpriram medidas cautelares ou que fugiram para outros países. Adalgiza Maria Dourado, de 64 anos, é um dos alvos que vão voltar para a prisão. O nome dela consta como beneficiária de diversos programas de auxílio social, como o Bolsa Família e o Auxílio Brasil.

De acordo com o Portal da Transparência do Distrito Federal, Adalgiza Maria recebeu, até abril de 2024, parcelas mensais de R$ 600 referentes ao Bolsa Família. Além disso, ela também ganhou valores do Auxílio Brasil entre setembro de 2022 e fevereiro 2023; e do Auxílio Emergencial entre agosto de 2020 e outubro de 2021. Ela teve a prisão preventiva novamente decretada pelo Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), nessa sexta-feira.


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Anteriormente, em fevereiro, o STF, por maioria, rejeitou as preliminares e julgou procedente a ação penal para condenar Adalgiza Maria Dourado à pena de 16 anos e 6 meses, sendo 15 anos de reclusão e 1 ano e 6 meses de detenção. Outra brasiliense condenada e presa na nova etapa da Lesa Pátria foi identificada como Alice Nascimento dos Santos.

Nova fase da Lesa Pátria

O número de presos na nova fase da Operação Lesa Pátria da última quinta-feira (6/6) chegou a 50, segundo atualização feita nessa sexta-feira (7/6). A PF continua realizando diligências para localização e captura de outros 159 condenados ou investigados considerados foragidos.

As 50 pessoas foram presas nas seguintes unidades da Federação: Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Distrito Federal. As apurações da PF também mostraram que cerca de 65 pessoas consideradas foragidas entraram na Argentina e pediram refúgio no país. Nenhum dos procurados passou pelos controles migratórios.

Os alvos são condenados que não se apresentaram para cumprir pena, ou seja, foragidos. A ação também abrange investigados que descumpriram medidas judiciais, como aqueles que não fizeram uso de tornozeleira eletrônica, ausentaram-se do domicílio sem comunicar o juízo e apresentavam risco de fuga.

O objetivo da operação era capturar réus que financiaram e fomentaram os ataques às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e cumpridos em 18 estados e no Distrito Federal.

Ao longo de 27 fases, a Operação Lesa Pátria realizou centenas de prisões em face de vândalos, financiadores, autoridades omissas e incitadores dos crimes realizados no início do ano passado.

Segundo o governo, são investigados os seguintes crimes:

  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado;
  • associação criminosa;
  • incitação ao crime;
  • destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

A Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas sobre o número de mandados cumpridos e pessoas capturadas.