Amigo de motorista do Porsche acorda de coma, mas segue na UTI de hospital em SP

Distrito Federal

Uma semana depois do acidente envolvendo um Porsche, que causou a morte um motorista de aplicativo em São Paulo, o amigo do condutor investigado pelo acidente acordou do coma induzido a que estava sendo submetido no hospital.

O estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos, é amigo do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos. Ele estava no banco do passageiro quando o veículo de luxo, avaliado em R$ 1 milhão, colidiu contra o Renault Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, na Avenida Salim Farah Maluf, na zona lesta paulistana, na madrugada do domingo (31).

De acordo com o advogado que acompanha Marcus, o estudante permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Luiz Anália, também na zona leste da capital. O jovem foi submetido no domingo (7) a uma cirurgia devido a um “derrame pleural bilateral”, causado pelo trauma. Drenos foram implantados nos dois pulmões.

Rocha teve quatro costelas quebradas e precisou retirar o baço (órgão que fica acima do abdome) após o acidente.

“Está respondendo bem ao tratamento, saiu do coma induzido e inclusive já iniciou sessões de fisioterapia, mas ainda não tem condições de falar sobre o ocorrido”, afirmou o advogado. A família do estudante segue dando apoio ao jovem e, ainda conforme a defesa, há previsão de alta da UTI nos próximos dias.

Fernando Sastre de Andrade Filho e Marcus Vinicius Rocha estavam com as namoradas em uma casa de pôquer antes do acidente.

Nesta segunda-feira (9), a Justiça de São Paulo negou o novo pedido de prisão feito pela Polícia Civil de São Paulo contra o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho. Na decisão, o juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1° Vara do júri, justifica que apesar dos temores apresentados pela Polícia Civil, que indicou que o suspeito poderia fugir, ameaçar ou subornar testemunhas, não há indícios que Fernando tomaria essas atitudes.

Mesmo negando o pedido de prisão do suspeito, o juiz disse em documento que o comportamento de Fernando, ao fugir do local dos fatos com a ajuda da mãe, não pode ser ignorado e necessita ser melhor investigado.

Dessa forma, a justiça proibiu que Fernando deixe o país e que ele avise a justiça caso saia da cidade de São Paulo por mais de oito dias. A decisão também determina que o empresário não se aproxime ou fale com o amigo que se feriu no acidente, com familiares da vítima ou com testemunhas e que ele não volte à casa de pôquer.